"O 25 de Abril foi das melhores coisas para as mulheres", afirmou.
O candidato da AD às europeias reiterou este sábado que os direitos das mulheres estão defendidos na sua lista, depois de ser abordado por uma corredora que lhe pediu uma 'selfie', mas disse que gostaria de ver "uma mulher à frente".
Num pequeno passeio junto à marginal de Vila Nova de Gaia, Sebastião Bugalho foi abordado por uma corredora que parou e lhe pediu para tirarem uma fotografia juntos, mas, quando questionada se iria votar na AD, manifestou dúvidas.
"Não sei, sou mulher, comemoramos os 50 anos do 25 de Abril e acho que é importante uma mulher à frente. O 25 de Abril foi das melhores coisas para as mulheres", disse, acrescentando que "a emancipação da mulher no 25 de Abril foi muito boa".
O candidato respondeu que a equipa da AD ao Parlamento Europeu "está cheia de mulheres defensoras do 25 de Abril" e salientou o papel dos "dois partidos fundadores da democracia", PS e PSD.
Antes de voltar à corrida, a senhora disse que "o voto ainda não está decidido", dizendo que também acredita nos jovens.
No final da iniciativa de campanha, o candidato foi questionado pela comunicação social se esta potencial eleitora não via no cabeça de lista da AD "alguém que fosse o garante desses direitos" das mulheres".
"Até lamento a sua pergunta porque entendeu mesmo mal. Se uma mulher achasse que os seus direitos não estavam salvaguardados por esta equipa não parava para tirar uma fotografia na rua connosco", respondeu Bugalho, pedindo ao jornalista "que fizesse uma pergunta fundamentada, factual e bem-intencionada".
O candidato da AD disse até conseguir compreender a posição da corredora, em ter gosto de "ver as mulheres liderarem".
"E, de facto, a cabeça de lista do PS é uma mulher e, de facto, eu, cabeça de lista da AD, não sou uma mulher, mas conto com as mulheres", disse.
"Como é óbvio, os direitos das mulheres estão defendidos e consagrados na nossa lista, coisa que eu tenho dito desde a primeira entrevista que dei", afirmou.
Sobre os direitos conquistados no 25 de Abril, o candidato quis também frisar que o PSD, tal "como o maior partido adversário", o PS, "é um partido fundador da democracia".
"Não há qualquer espécie de dúvida que nós defendemos a democracia em Portugal e na Europa", disse.
Questionado pelos jornalistas sobre acusações que lhe têm sido feitas, nomeadamente pelas cabeças de lista do PS, Marta Temido, e do BE, Catarina Martins, de que a AD não dá garantias de não haver retrocessos nos direitos das mulheres, Sebastião Bugalho pediu para serem dados exemplos concretos e não serem feitas "insinuações que nunca concretizam".
Sobre a posição da AD contra a inclusão do aborto como direito fundamental da União Europeia, Sebastião Bugalho repetiu a posição que tem transmitido em debates e entrevistas e que também já foi expressa pelo presidente do PSD, Luís Montenegro.
"A Interrupção Voluntária da Gravidez é um mecanismo que gere dois direitos, sendo uma gestão de dois direitos não poderia estar consagrado como um direito único. Mas este não é o assunto desta campanha, até porque essa votação já aconteceu", considerou.
Na mesma ocasião, o candidato foi questionado sobre as críticas que lhe foram dirigidas pelo cabeça de lista da IL, João Cotrim Figueiredo, de que não estaria bem preparado sobre economia.
"Tenho pena que não as tenha feito nos debates, teria tido ocasião para o fazer. Não respondemos aos ataques pessoais, porque não fazemos ataques pessoais. Quem me faz ataques pessoais, tem a vantagem de saber que nunca vou responder sobre ataques pessoais", disse.
Depois de na sexta-feira o presidente do PSD, Luís Montenegro, ter manifestado ambição de eleger a candidata a eurodeputada Carla Rodrigues, oitava da lista da AD, o candidato foi questionado se já tinha meta definida.
"Tenho dito desde o inicio que tenho uma meta mínima, mas honesta: segurar a delegação portuguesa no Parlamento Europeu. Obviamente que crescer é uma meta, um objetivo, que nos deixaria muito satisfeitos e temos essa ambição", disse.
Atualmente, os dois principais partidos da coligação AD, PSD e CDS-PP, somam sete eurodeputados em Bruxelas, do total dos 21 eleitos por Portugal.
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