De acordo com Rui Rocha, o Governo "deve fazer a preparação de políticas", no que diz respeito a "prevenção, organização do território e da responsabilidade coletiva."
O secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, reconheceu que possa ter havido "alguma descoordenação momentânea no combate aos incêndios devido à "complexidade do teatro de operações".
Em entrevista na terça-feira à noite à SIC Notícias e quando questionado se houve uma falta de preparação para esta época de incêndios, Rui Rocha disse: "Podemos admitir, aqui ou noutro momento, por aquilo que dou nota, da complexidade dos teatros de operações, que possa haver alguma descoordenação momentânea".
"Aquilo que o dispositivo, a forma como tem respondido, apesar de todas estas incidências [de incêndio], julgo que tem sido uma resposta positiva. Com as lacunas que temos verificado, mas, de facto, tentando balancear todo um dispositivo nacional", referiu.
De acordo com o secretário de Estado, o Governo "deve fazer a preparação de um conjunto de políticas", no que diz respeito a "prevenção, organização do território, de valorização da floresta e da responsabilidade coletiva."
Na entrevista, Rui Rocha justificou que este ano têm surgido "circunstâncias anormais", como as trovoadas secas e ventos convectivos, que agravaram a situação, sublinhando não haver memória neste século de um período tão prolongado de condições meteorológicas adversas.
O secretário de Estado referiu que a situação de alerta, que já terminou, não será prolongada porque as temperaturas vão baixar e a humidade aumentar.
"São esses aspetos que nos levaram a não prolongar a situação de alerta, tendo também a consciência que já estamos num período prolongado e que também tem consequências do ponto de vista de algumas atividades que ficam condicionadas", disse.
Rui Rocha lembra que têm havido "quatro ou cinco incêndios de grandes dimensões", que mobilizam muitos operacionais e que, por isso, muitas vezes, as populações não recebem auxílio imediato.
Quanto às declarações do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, sobre ter faltado um rosto de comando nacional nos últimos dias, o secretário de Estado disse que o comandante nacional da Proteção Civil tem, quase diariamente, vindo a público informar a população sobre a situação, deslocando-se muitas vezes às zonas afetadas.
Sobre a ativação pelo Governo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil apenas depois de um período de mais de duas semanas de incêndios, Rui Rocha explicou que esse é "um mecanismo de último recurso".
Lembrou também que Bruxelas "não tem um lote de aeronaves que esteja disponível para distribuir" pelos Estados-membros.
"Dar nota de que quando tivemos a informação que dois canadairs ficaram avariados, imediatamente tentámos o acordo bilateral com Espanha. Um apoio para colmatar essa circunstância, que veio imediatamente com os dois canadaires, não de Espanha, mas do Reino de Marrocos, que estão até amanhã. (...). Conseguimos, já depois de acionar o mecanismo europeu, a parelha de fire bosses da Suécia, que já hoje [terça-feira] teve a operar, e tivemos hoje [terça-feira] a informação que também, a partir de amanhã [quarta-feira], pode chegar um helicóptero pesado", indicou.
Rui Rocha disse também que nos últimos dias, o grande problema não tem sido a falta de meios aéreos, mas sim o facto de estes não poderem operar devido às condições.
"Isso é a maior angústia que nós temos. É perceber que temos os meios, mas perceber que não temos as condições em momentos muito determinantes para um determinado teatro de operações", disse.
Na entrevista, Rui Rocha adiantou ainda que o ministro da Economia, o ministro Adjunto e da Coesão e o ministro da Agricultura já "estão a fazer o levantamento a estudar a forma de apoio" às pessoas afetadas pelos fogos.
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