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Seguro quer responder aos problemas relatados por emigrantes

Candidato presidencial defendeu ainda a promoção do ensino de português.

04 de novembro de 2025 às 14:52

O candidato presidencial António José Seguro prometeu esta terça-feira esforços para dar resposta aos problemas relatados pelos emigrantes portugueses que impedem o seu regresso, como económicos ou do estado social, defendendo ainda a promoção do ensino de português.

"Eu tenho ouvido, nestes contactos muitas pessoas, sobretudo a nova geração a exigir uma economia mais competitiva [...] porque isso cria mais riqueza e cria melhores salários, mas também ouço uma outra geração, menos nova, a dizer que quer um estado que funcione, um estado que responda às suas necessidades na área da saúde, no caso de quererem voltar, que clarifique bem qual é o sistema fiscal e que não esteja sempre a fazer mudanças de um lado para o outro, que esteja mais próximo de quando as pessoas precisam tratar daquelas questões burocráticas, quer no fundo esse Estado que funcione e uma economia competitiva", disse António José Seguro.

Em declarações aos jornalistas após ter visitado uma loja com produtos portugueses em Bruxelas, o candidato apoiado pelo PS defendeu "um país com um único povo, com uma só nação, que nas suas diferenças, na sua pluralidade, mas que consegue unir-se em torno de um projeto comum".

Nesta ação pré-campanha para as eleições presidenciais junto da diáspora na Bélgica, depois de ter visitado emigrantes em Zurique e Genebra (Suíça), em Paris (França) e no Luxemburgo, António José Seguro apontou que o Presidente da República tem "um papel de exigência para que os governos, o parlamento e os partidos encontrem soluções concretas para responder aos problemas das pessoas".

"Eu vim para unir, no sentido de colocar todos no mesmo rumo, que é o rumo de fazer de Portugal um país próspero, um país com futuro, um país com excelência e que crie oportunidades para que todas as pessoas possam realizar-se profissionalmente e pessoalmente", acrescentou.

Esta visita pela diáspora portuguesa na Europa, que começou na passada quinta-feira e hoje termina, visou, de acordo com António José Seguro, demonstrar que "não existem dois tipos de portugueses, os que estão dentro e os que estão fora".

"Tenho uma ideia de congregação, de agregação, porque eu costumo dizer, onde há um português está Portugal", adiantou.

António José Seguro defendeu também a necessidade de afirmar o ensino do português no estrangeiro uma vez que "a língua portuguesa é um fator não apenas de união da nação, mas também um fator que pode ajudar à estruturação e a potenciar a atividade e criação cultural e também em termos de negócios".

"Nós somos uma das línguas mais faladas no mundo e essa portugalidade também se afirma através da língua. Ora, o Presidente pode e deve ter um papel de inspirador, de mobilizador, de chamar a atenção que o português é uma língua que tem que avançar, é uma língua do futuro e não é uma língua da saudade", elencou.

Já quanto à sua posição sobre a União Europeia (UE), dado estar na capital que aloja as sedes das instituições europeias, garantiu ser "um europeísta", mas criticou o facto de a Europa funcionar "em volta sempre de uma rotunda, é lenta a agir, é lenta a reagir", isto em matéria de competitividade económica.

Quanto à defesa, fez a mesma crítica, argumentando que a UE "já devia ter uma plataforma política para tomar das decisões nessa área".

Já questionado se não chegou a pensar encontrar-se, nesta deslocação a Bruxelas, com o também socialista António Costa, agora presidente do Conselho Europeu, António José Seguro adiantou: "Neste momento, a minha preocupação é ouvir as comunidades dos portugueses e não tanto falar com as instituições".

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