Roque da Cunha rejeita "propostas maximalistas" como as que atribui às reivindicações da Fnam.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) defendeu esta terça-feira que o acordo intercalar com o Governo para aumentos salariais revela "sentido de responsabilidade" face ao momento do SNS e traduz-se em mais 400 euros mensais para os médicos.
"Este acordo intercalar permite a todos os médicos ter uma valorização salarial, algo que já não acontecia há vários anos, desde há mais de 10 anos, de cerca de 400 euros mensais, para todas as carreiras, se fazem urgência, se não fazem urgência, de uma forma transversal", disse Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, no final da reunião no Ministério da Saúde (MS), a última de uma negociação que durava há 19 meses e que o executivo deu esta terça-feira por concluída.
O dirigente sindical afirmou que a situação de crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a crise política que se lhe juntou obrigava o SIM "a ter um sentido de responsabilidade" que levou o sindicato a assinar "um princípio de acordo intercalar", o que significa que as negociações vão continuar, mas com o próximo Governo.
"Naturalmente gostaríamos de poder ter mais" disse Roque da Cunha, sublinhando que além de um sinal de sentido de responsabilidade o acordo é também um sinal de "grande preocupação, uma vez que o SIM sabe que "não será com este acordo que os problemas do SNS, que se vêm acumulando ao longo desta década, irão ser resolvidos".
No entanto, rejeitou "propostas maximalistas" como as que atribui às reivindicações da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) e que diz não fazerem "qualquer sentido", acrescentando que "a federação responderá por si" e considerando que um aumento de "15% no primeiro ano", conseguido depois de "muita e dura negociação com o Governo" é um resultado "particularmente adequado".
Roque da Cunha disse que o acordo pretende "dar alguma tranquilidade aos portugueses" e "um sinal claro aos médicos", que "vão ter um aumento salarial de 400 euros para todas as carreiras, todas as posições", onde se incluem os médicos "que apesar de terem um aumento um pouco menor, têm uma percentagem maior desse aumento".
Com o próximo executivo o SIM quer negociar horários de trabalho, duração de turnos de urgência, férias, investimento no SNS, matérias que também pretende discutir com os grupos parlamentares, mas que não deixará de colocar "a quem suceder a este Governo".
"Sabemos que só o iremos fazer lá para setembro ou outubro, já que sendo as eleições em março, constituição de governo, programa de governo...", disse, acrescentando esperar que os médicos entendam "que este acordo intercalar era o melhor que podia acontecer nesta fase" e que os portugueses entendam que a posição do SIM "foi uma posição moderada, equilibrada" e que "de alguma maneira possa mitigar e que esperemos que de alguma maneira possa mitigar muitos dos problemas que neste momento tem o SNS".
O Governo chegou esta terça-feira a um "acordo intercalar" com o SIM para um aumento dos salários em janeiro de 2024 e deu por findas as negociações.
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