Continuação de Manuel Heitor significa a "continuidade de problemas" como a precariedade e o envelhecimento de professores e investigadores.
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O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) disse esta quarta-feira que a recondução do ministro Manuel Heitor foi uma "desilusão para milhares de pessoas" porque significa a "continuidade de problemas" como a precariedade e o envelhecimento de professores e investigadores.
Depois de um mandato de quatro anos, o professor catedrático do Instituto Superior Técnico Manuel Heitor volta a assumir as pastas da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior no novo Governo socialista de António Costa.
Para o presidente do SNESup, Gonçalo Velho, esta recondução é a "continuidade de um conjunto de problemas que vêm do passado", nomeadamente a precariedade laboral, o envelhecimento de professores e investigadores e as questões remuneratórias.
"Este é um ministro que já conhecemos e por isso não são esperadas grandes mudanças", lamentou, em declarações à Lusa, lembrando ainda a instabilidade profissional em que continuam a trabalhar os professores convidados e o "falhado" processo de regularização dos vínculos precários (PREVPAP).
Gonçalo Velho disse também estar "apreensivo quanto à escolha do secretário de estado", desejando uma mudança.
No anterior mandato, Manuel Heitor enfrentou a contestação dos cientistas precários e seniores por falta de perspetivas de carreira, recebeu reclamações de investigadores e bolseiros devido aos atrasos nos concursos de contratação, mas também ouviu queixas dos reitores que criticaram o subfinanciamento nas universidades.
O ministro deixa do seu primeiro mandato a criação de legislação sobre o emprego científico, uma das suas bandeiras políticas, assim como a instalação do primeiro supercomputador em Portugal, a criação da Agência Espacial Portuguesa, o Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Centre) e a base espacial dos Açores para lançamento de pequenos satélites.
Natural de Lisboa, Manuel Heitor doutorou-se em 1985, em Engenharia Mecânica, no Imperial College de Londres, no Reino Unido, tendo feito, em 1986, um pós-doutoramento na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos.
Entre 1993 e 1998, foi presidente-adjunto do Instituto Superior Técnico.
Antes de assumir o cargo de ministro em 2015, dirigiu o Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento, IN+, que fundou em 1998, tendo liderado um movimento contra a política científica do ex-ministro da tutela Nuno Crato, do Governo PSD-CDS/PP de Passos Coelho.
Manuel Heitor, de 61 anos, já tinha integrado um elenco governativo antes de iniciar o seu primeiro mandato como ministro em 2015. Agora, é um dos 14 ministros que mantêm a mesma pasta.
O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, sendo o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais. É também o que tem mais mulheres ministras (oito).
O XXII Governo Constitucional vai ter como ministros de Estado Pedro Siza Vieira, Augusto Santos Silva, Mariana Vieira da Silva e Mário Centeno e deverá ser empossado pelo Presidente da República na próxima semana.
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