O PS vai à frente do PSD na intenção de voto dos portugueses. Segundo uma sondagem do Correio da Manhã realizada este mês, 35,5 por cento dos portugueses dariam o seu voto aos socialistas, enquanto que 29,4 por cento votariam nos sociais-democratas. Embora abalado pelo processo da Casa Pia, o PS tem conseguido resistir à frente do PSD.
Os comunistas conseguem alcançar o terceiro lugar nas intenções de voto, com 6,5 por cento, sendo que o Bloco de Esquerda (BE) e o CDS-PP estão em último lugar, ambos com 5,2 por cento.
Quer o PS, quer o PSD perderam em relação aos valores de Novembro, que davam 38,5 por cento da intenção de votos aos socialistas e 34,4 aos sociais-democratas, sendo que os primeiros começaram em Janeiro com 41,2 e os segundos com 36,0.
Os valores de Dezembro podem ser resultado das dificuldades do executivo de Durão Barroso em gerir algumas situações complicadas: A alegada "cunha" que levou à demissão dos ministros da Educação e dos Negócios Estrangeiros, Pedro Lynce e Martins da Cruz, abalou o Executivo. O caso do despacho assinado por Pedro Lynce, que permitiria à filha de Martins da Cruz entrar na Faculdade de Medicina de Lisboa, terminou com o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, a despachar as culpas para o antigo ministro dos Negócios estrangeiros, na Comissão Parlamentar de Educação.
Depois, a confusão na Brigada de Trânsito da GNR e os desacordos entre o ministro da Administração, Figueiredo Lopes, e o secretário de Estado, Pais de Sousa, com a história do despacho do segundo a reintegrar 29 militares na BT, contrariando ordens do primeiro. E, por último, a confusão no PSD sobre a eventual abertura do partido à reanálise da criminalização da interrupção voluntária da gravidez.
O ministro-ajunto e secretário-geral do PSD, José Luís Arnaut, deu indicações a Pedro Duarte, porta-voz do partido, para assumir a abertura. No entanto, o primeiro-ministro e líder do partido, Durão Barroso, reagiu rapidamente reafirmando a indisponibilidade para qualquer iniciativa, desautorizando Arnaut. Como é óbvio, a oposição explorou ao máximo a divisão interna da direita, o que poderá ter contribuído para a baixa das intenções de votos no PSD.
Quanto aos líderes. A sondagen revela que Francisco Louçã (BE) é o líder partidário com melhores notas em Dezembro. Entre zero e vinte, os portugueses atribuem ao líder bloquista 11,7 valores. Seguem-se, por ordem decrescente, Carlos Carvalhas (PCP), com 9,8; Ferro Rodrigues (PS), com 8,5; Durão Barroso (PSD) com 8,1 valores; Paulo Portas (CDS-PP) é o líder com a nota mais fraca. Os portugueses deram-lhe apenas 7,5 valores. Comparando os valores atribuídos pelos portugueses em Janeiro de 2003, o único que subiu as notas foi Carlos Carvalhas, que, na altura obteve, 7,5 valores . Os restantes baixaram as notas: Francisco Louçã tinha 12,6 valores, Durão Barroso 8,9, Ferro Rodrigues 10,5 e Paulo Portas 7,5.
PORTAS NÃO DESCOLA DE ÚLTIMO
Em Dezembro, Bagão Félix, ministro do Trabalho e da Segurança Social com 1,8 valores, Celeste Cardona, Ministra da Justiça com 10,3, e Marques Mendes, ministro dos Assuntos Parlamentares com 10,2 valores, são os governantes mais populares ou com as melhores notas. Sendo que Paulo Portas, ministro da Defesa com 8,2; Luís Filipe Pereira, ministro da Saúde com 9,6; e David Justino, ministro da Educação com 9;7, tiveram a pior classificação.
Em relação ao mês de Novembro, Bagão Félix, Celeste Cardona, Carlos Tavares, ministro da Economia, e Morais Sarmento, ministro da Presidência, foram os únicos Governantes que melhorarm a classificação. E, como há sempre uma expectativa em relação ao que se espera do Governo, 61,9 por cento dos portugueses, consideram que o Executivo de Durão Barroso está a governar pior do que se esperava, 31 por cento igual ao que esperava e apenas 4,6 por cento dos portugueses diz melhor do que esperava. No passado mês de Janeiro, 10,1 por cento dos portugueses dizia que o Governo estava a actuar melhor do que esperava.
Objecto: Intenção de Voto legislativo, avaliação dos líderes partidários, expectativas no Governo e ministros.
Universo: Eleitores residentes em Portugal em lares com telefone fixo.
Amostra: Aleatória estratificada por voto legislativo, região, habitat, sexo, idade, instrução e actividade, polietápica e representativa do universo, com 575 entrevistas telefónicas (325 mulheres). Desvio padrão máximo de 0,020.
Composição: Proporcional pelas variáveis de estratificação.
Respostas: Taxa de resposta de 79.1%.
Realização: 16 a 18 de Dezembro de 2003, para o Correio da Manhã pela Aximage, com a direcção técnica de Jorge de Sá e Luís Reto.
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