“As sondagens são todas para rasgar”, diz Tino de Rans, que acredita num bom resultado.
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Encontrámo-nos com Vitorino Silva em frente à Câmara do Porto, pelas 7h30 de uma manhã, ainda sem sol, desta semana. Na calçada encontravam-se apenas um topógrafo que o sinal GPS não permitia trabalhar junto dos prédios, uma turista sul-coreana a fotografar-se com uma máquina com temporizador e meia dúzia de taxistas parados, debaixo das árvores.
Enquanto a esmagadora maioria dos outros cinco mil candidatos às Legislativas ainda dava uma última volta na cama, o líder do partido RIR (Reagir–Incluir–Reciclar) apareceu cheio de pressa, a demonstrar o que disse meia dúzia de frases depois: "Gasto mais pares de sapatilhas do que os outros políticos."
Tino de Rans chegou acompanhado da mulher, Maria do Céu, que age como consultora de campanha, e Ricardo Gonçalves, técnico de vídeo e fotografia, que é também o nº 2 da lista por Viana do Castelo.
A equipa mínima não constitui problema para o antigo calceteiro da Câmara do Porto que rebentou na política há uns 20 anos, como presidente de junta de freguesia, num Congresso do PS, em Lisboa: "Estou em campanha há 48 anos e não apareço ao povo só em tempo de eleições", explica, sem parar. "O povo é o meu habitat natural e podem ter a certeza de que, no domingo, quando mostrarem os resultados, o RIR vai ter representação parlamentar!"
Os números das eleições presidenciais de 2016, em que somou 152 mil votos e o 6º lugar a nível nacional, mas foi 4º no distrito do Porto, com 47 405 votos, e até 2º no concelho de Penafiel, onde Marcelo Rebelo de Sousa não atingiu os 50%, constituem a mola de esperança – "bálsamo" nas palavras de Tino – para a surpresa: "Nas Presidenciais, na quinta-feira anterior davam-me 0,1% e tivemos 3,3%, 33 vezes mais. Agora, voltaram a meter-nos debaixo do tapete. As sondagens são todas para rasgar."
Tino de Rans, de facto Vitorino Francisco da Rocha e Silva, de 48 anos, no Cartão de Cidadão, acelera de tal maneira a distribuir panfletos que nem dá tempo ao fotógrafo para fixar as imagens. Num ápice sobe para o estribo de um carro de lixo camarário, a apelar ao voto a antigos colegas, e mal põe o pé no passeio já um polícia municipal atravessa do outro lado da rua para uma selfie. Do facto não há nome nem foto, para evitar problemas. "O presidente Rui Moreira parece que não faz mal a ninguém, mas às vezes morde", avisa um circunstante.
O líder do RIR não pára. É um papa-léguas, à maneira do herói do filme ‘Forrest Gump’, a caminho da Assembleia da República: "Estive lá na posse do Presidente Marcelo, olhei com atenção e tenho a certeza de que o povo cabe ali e precisa de estar na 1ª fila. Se me vou sentar à direita ou à esquerda? Para mim, tanto faz. As cadeiras são todas iguais e eu não escolho entre iguais!"
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