Ministros dos Negócios Estrangeiros da aliança reúnem-se entre este sábado e domingo em Berlim.
A Turquia está disponível para discutir com a Suécia e a Finlândia as suas candidaturas à NATO e os motivos da oposição de Ancara a esse alargamento, disse hoje o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu.
"A grande maioria do povo turco está contra a adesão destes países que apoiam a organização terrorista PKK e pede-nos que bloqueemos essa adesão", afirmou o ministro antes de uma reunião da NATO em Berlim, em que participarão os homólogos finlandês e sueco.
"Mas isso são questões das quais devemos falar, com certeza, com os nossos aliados da NATO e com os países" em causa, acrescentou.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se entre este sábado e domingo em Berlim para coordenar a resposta à guerra na Ucrânia, quando se discute a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança Atlântica.
Na sexta-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan considerou "um erro" a entrada dos dois países na NATO, acusando a Suécia e a Finlândia de "albergarem terroristas do PKK", o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado organização terrorista por Ancara, mas também pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América.
Foi a primeira voz dissonante no seio dos 30 aliados a propósito desta matéria.
A entrada de um novo Estado-membro na NATO requer unanimidade, o que significa que a Turquia poderá bloquear a adesão dos dois países escandinavos, cuja candidatura deverá ser formalizada nos próximos dias.
Para alguns analistas a Turquia poderá estar a tentar aproveitar uma vantagem tática para exigir contrapartidas dos membros da Aliança Atlântica.
Ancara deseja, por exemplo, adquirir novos aviões de combate F-16 norte-americanos, assim como peças necessárias à manutenção e modernização dos F-16 que já possui.
O país chegou a pagar 1,4 mil milhões de dólares por uma encomenda de caças furtivos F-35, que nunca foram entregues.
O contrato foi congelado pelos Estados Unidos em 2019, após a Turquia comprar o sistema antimísseis russo S-400, considerado uma ameaça para os F-35.
Sem fazer qualquer referência direta a estes equipamentos militares, Cavusoglu lamentou em Berlim que, por causa da luta da Turquia contra o PKK, tenha havido restrições à exportação de produtos da indústria da defesa por parte de "países aliados e países que preveem ser membros da NATO".
A invasão da Ucrânia por Moscovo em 24 de fevereiro fez mudar a opinião pública e política na Finlândia e na Suécia no sentido de uma adesão à NATO, vista agora como uma proteção contra uma eventual agressão russa.
A concretizar-se, a adesão dos dois países nórdicos significará o abandono da sua histórica posição de não-alinhamento.
A Rússia avisou a Finlândia de que será forçada a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se o país aderir à NATO.
A Rússia partilha 1 340 quilómetros de fronteira terrestre com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.
Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia exigiu à NATO a proibição da entrada do país vizinho na organização e o recuo de tropas e armamento dos aliados para as posições de 1997, antes do alargamento a leste.
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