Na resposta, o primeiro-ministro lembrou os elogios de Ventura ao SNS, quando na campanha eleitoral foi atendido em dois hospitais após um episódio de refluxo esofágico.
O presidente do Chega lamentou esta quinta-feira que o primeiro-ministro tenha dedicado apenas 16 segundos à saúde na abertura do debate do estado da nação, com Montenegro a contrapor com os elogios de Ventura ao SNS na campanha eleitoral.
No primeiro pedido de esclarecimento ao primeiro-ministro durante o debate na Assembleia da República, André Ventura considerou que "o estado da nação é de total podridão e desilusão", dizendo estar a citar "o senhor João do café em frente ao parlamento".
O líder do Chega disse que Luís Montenegro "perdeu 16 segundos a falar de saúde, quando há portugueses que passam anos a espera de ter consulta no Serviço Nacional de Saúde", o que classificou como "uma vergonha".
"Eu gostava que dissesse o que vai fazer na saúde para as urgências que continuam fechadas" e "como vai resolver os problemas na saúde", pediu, desafiando também o chefe do executivo a admitir que o Governo "falhou na saúde aos portugueses".
Na resposta, o primeiro-ministro lembrou os elogios de Ventura ao SNS, quando na campanha eleitoral foi atendido em dois hospitais após um episódio de refluxo esofágico, mas reconheceu dificuldades, salientando contudo que "na grande maioria, na expressiva maioria dos casos, o SNS atende e corresponde às solicitações das portuguesas e dos portugueses".
Luís Montenegro indicou que o Governo está "a resolver o problema" e concentrando-se depois na Península de Setúbal, disse que "no primeiro trimestre de 2025, houve menos 46% de encerramentos na Península de Setúbal das urgências de obstetrícia e de pediatria do que tinha havido um ano antes, dos quais menos 31% na obstetrícia e ginecologia e menos 73% na pediatria".
"No segundo trimestre, a diminuição dos encerramentos foi de 33%, 9% na obstetrícia e ginecologia e 84% na pediatria. Neste mês de julho, a nossa previsão é que a diminuição vai ser de 27%, 18% na obstetrícia e ginecologia e na pediatria 100%. O que isto quer dizer é que na Península de Setúbal, em julho de 2025, o encerramento das urgências está para já resolvido", salientou.
Montenegro disse também que no que toca à urgência de obstetrícia e ginecologia do Hospital Garcia de Horta, o Governo vai "garantir a partir do próximo dia 01 de setembro o funcionamento da urgência 24 horas por dia, 365 dias por ano".
"Estamos a tentar uma solução que não deixe desprotegida nenhuma grávida, nenhuma mãe daquele território", indicou, acrescentando que "não é que haja desproteção, o que há é maior afastamento do cuidado de saúde".
O primeiro-ministro lançou também uma crítica ao Chega, acusando este partido de "aproveitar-se dos problemas" e de um "momento de dificuldade para tirar proveito político", e considerou que quem o faz sem "lembrar o atendimento competente dedicado dos profissionais de saúde, não está em condições de construir as soluções que são necessárias para ultrapassar as dificuldades".
Na sua intervenção, Ventura acusou também o primeiro-ministro de falar "para uma nação que não existe, a nação dos que vão sentir um alívio nos bolsos, a nação daqueles que vão ganhar mais, a de que a saúde funciona, a dos pais que têm vaga para os seus filhos nas creches, a de uma imigração regulada".
André Ventura acusou também o PS de ser uma "oposição frouxa" e considerou que a liderança de José Luís Carneiro "ainda é mais frouxa" que a anterior, de Pedro Nuno Santos.
O presidente do Chega questionou também o primeiro-ministro sobre a falta de vagas em creches, dizendo que a culpa é "também do PS, que fez um programa Creche Feliz, que só se foi para os vossos filhos, porque não foi para os de mais ninguém".
Este apontamento mereceu uma intervenção do líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, para assinalar que "no ano letivo de 2024", 120 mil crianças aceder a este programa e salientar que "os deputados do PS, os políticos do PS não têm 120 mil crianças".
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