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Vereadora ilegal deixa ‘boys’ do CDS com lugar em risco

Dos sete membros da equipa de Joana Oliveira Costa, autarca do CDS, cinco são militantes dos centristas.

21 de dezembro de 2024 às 01:30

Os assessores escolhidos pela vereadora da Câmara de Lisboa Joana Oliveira Costa têm o lugar em risco devido às irregularidades da autarca do CDS na chegada ao executivo camarário, em maio deste ano.

Em causa estão sete membros do gabinete da vereadora e que tiveram o contrato renovado após a escolha para a vereação, sendo cinco militantes dos centristas e que podem ver o vínculo anulado.

Enide Seixas (dirigente da JP), André Soure Dores, Teresa Dionísio, Paulo Lázaro e Emanuel Rodrigues fazem parte do partido e da equipa da câmara municipal, recebendo salários que vão dos 2500 euros (no caso de Gonçalo Rodrigues, o que recebe menos) aos 3752,50 euros por mês (referente a Emanuel Rodrigues, o mais bem pago). No total, a assessoria custa quase 400 mil euros, segundo o portal Base.

Foi a 16 de maio que Joana Oliveira Costa foi escolhida para vereadora, em substituição de Diogo Moura, que suspendeu o mandato por estar envolvido num caso de fraude eleitoral (arquivado porque esse crime apenas se refere a fraudes em eleições para órgãos de soberania).

Porém, segundo o ‘Expresso’, a decisão terá sido irregular porque a agora vereadora era na altura a 5.ª suplente da lista da coligação de direita, algo que apenas seria possível se os restantes membros do CDS nessa lista renunciassem ou suspendessem os cargos, algo que não aconteceu. Nuno da Rocha Correia, que estava à frente de Joana Oliveira Costa, não recusou o mandato por escrito e continuou a participar em reuniões de câmara.

Esta questão deixa em causa as decisões da autarquia desde a condução da vereadora no cargo e com os pelouros da Economia e Inovação, que engloba eventos como a Web Summit.

Outras decisões da câmara liderada por Carlos Moedas, como 130 milhões de euros em empréstimos ou o aumento da taxa turística local, também podem estar em risco.

Finalista da Católica chega a vereadora com apenas 22 anos

Joana Oliveira Costa foi escolhida para vereadora, com os pelouros da Economia e Inovação, com apenas 22 anos de idade, para substituir o também centrista Diogo Moura.

A autarca é finalista da licenciatura em Direito pela Universidade Católica. É militante e membro da Comissão Política Nacional da Juventude Popular, na qual é vogal, e vice-presidente deste órgão do CDS em Lisboa.

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