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Voto útil no PS e "trabalho feito" na habitação geram discórdia entre Pedro Nuno Santos e Rui Tavares

Líder socialista disse que "risco da AD ganhar é real" e o representante do Livre acusou o adversário de repetir o discurso de António Costa.

09 de fevereiro de 2024 às 21:53

O líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos e o líder do Livre, Rui Tavares, estiveram frente a frente num debate televisivo para as eleições legislativas a 10 de março, transmitido pela RTP.

Ao longo do debate, por várias vezes, o líder socialista defendeu o "voto útil" no Partido Socialista, como "única maneira" de garantir a aprovação de "boas medidas" do Livre. "O risco da direita ganhar é real", disse Pedro Nuno Santos.

Rui Tavares discordou das declarações do socialista, que comparou ao pedido de António Costa antes das últimas eleições. "Já vi esse discurso", retorquiu o líder do Livre, que considerou que a única opção óbvia para que as medidas do seu partido sejam aprovadas é se os portugueses votaram no Livre.

Pedro Nuno apresenta o resultado feito na habitação, mas não convence Rui Tavares

Pedro Nuno Santos aproveitou grande parte do tempo do debate para elencar as medidas já postas em prática pelo Partido Socialista na habitação, sem apresentar alternativas para o futuro.

Rui Tavares acusou o Governo socialista, incluindo o oponente da noite, de falhar na área. Como solução, o líder do Livre sugere o aproveitamento de edifícios devolutos do Estado, o que provoca uma reação a Pedro Nuno Santos, que acusa Rui Tavares de não apresentar medidas novas.

Líderes concordam sobre reposição integral do tempo de serviço dos professores

Pedro Nuno Santos deixou a garantia que os professores, caso o PS vença, não terão de esperar mais do que uma legislatura pela reposição integral do tempo de serviço.

O líder socialista garantiu que pretende aumentar o salário dos professores, mas não clarificou o valor. "Não devemos estar a dizer quanto."

Rui Tavares recordou que os professores estão desde 2015 à espera que o tempo seja reposto. "São precisas negociações", esclareceu.

"Não concordo que Portugal seja um dos países da OCDE que menos investe na educação", declarou Rui Tavares. O líder do Livre defendeu também um aumento na oferta da escola pública.

"Temos de continuar a investir na escola pública. Não podemos sistematicamente dizer que tudo correu mal", respondeu Pedro Nuno Santos.

Investimento no SNS

Pedro Nuno Santos explicou que, para desenvolver mais o SNS, é preciso reorganizar os centros de saúde e dar mais autonomia aos hospitais, além de valorizar os profissionais.

"Naquilo que o público não conseguir fazer, não temos dogma nenhum com o privado", acrescentou Pedro Nuno Santos, que acusou a direita de querer reduzir o investimento no SNS.

Na saúde, Rui Tavares defendeu novas medidas do Livre para cativar o voto no partido, nomeadamente, a redução do investimento nos privados.

Líderes abordam questão dos Açores

Rui Tavares abordou a questão política dos Açores e avisou que "uma maioria de esquerda é a única maneira" de garantir a estabilidade, tanto nos arquipélagos como no continente.

O líder do Livre defendeu que uma "moção de rejeição" seria uma hipótese, nas legislativas, exceto caso fosse apresentada pelo Chega.

"Temos de colocar a questão também à AD", disse Pedro Nuno Santos, questionado sobre se o PS aprovaria um governo minoritátio.

"O PS quando ganha ou consegue maioria governa, quando não consegue governa a oposição. É praticamente impossível que o PS aprove um governo de direita", esclareceu.

O líder socialista justificou que, em Portugal, um Governo minoritário não seria realista.

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