Militar da GNR detido por agredir namorada
Vítima contou a colegas do agressor que era alvo de violência.
Farta de tanta violência, a jovem apresentou queixa do namorado aos colegas do mesmo, no posto da GNR de Mafra. A gravidade das denúncias da vítima levou a uma rápida investigação, que conduziu à detenção do militar na quarta-feira à tarde.
De folga, o militar, de 27 anos e membro do efetivo do posto de Mafra há cerca de três, foi avisado de que deveria apresentar-se rapidamente no posto. Foi depois informado pelo comandante de que estava detido.
Presente ontem, durante todo o dia, a um juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Sintra, o guarda ficou sujeito à proibição de contactos com a companheira. Foi-lhe também colocada uma pulseira eletrónica para vigilância de movimentos e controlo do cumprimento da medida de coação. Profissionalmente, o guarda está afastado da patrulha e sujeito a tarefas administrativas.
A investigação deste caso, ao que o CM apurou, ficou a cargo do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas da GNR de Lisboa.
Os relatos prolongados da vítima relativos às agressões ajudaram os militares a traçar um quadro da relação conflituosa que era mantida pelo jovem casal.
Além de denúncias de violência psicológica, a queixosa relatou várias situações de agressão. A convivência entre o casal tornou-se quase impossível. Numa das situações, o militar fraturou um pulso da vítima.
O comando da GNR está informado dos resultados da investigação e abriu um processo disciplinar, que corre em paralelo ao inquérito-crime.
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