Oriental quer um milhão de euros no caso Jogo Duplo

O Clube Oriental de Lisboa exige mais de um milhão de euros aos 27 arguidos do processo ‘Jogo Duplo’, ligados ao mundo das apostas online – sobretudo jogadores do próprio clube, pagos para perderem jogos. O clube considera-se uma vítima do esquema que levou à descida da II Liga na época passada. Entre os arguidos acusados de associação criminosa e corrupção ativa e passiva estão oito jogadores que eram titulares do Oriental.

"Entre as equipas em causa no processo, o Oriental foi o mais lesado e acabou por descer de divisão. Era impossível a equipa ter resultados positivos com um esquema tão bem montado como este", disse Vítor Parente Ribeiro, advogado do Oriental.

No processo, investigado pela Unidade de Combate à Corrupção da PJ, estão ainda empresários, dirigentes desportivos e intermediários que recebiam as comissões por aliciar os jogadores a prejudicar o seu clube sofrendo golos e perdendo jogos, ao serviço do esquema de apostas nos resultados. João Alves, ex-atleta do Sporting, e Abel Silva, ex-jogador do Benfica e campeão do mundo de sub20, estão acusados de corrupção ativa.

No debate instrutório, ontem, em Lisboa, o Ministério Público pediu ainda que o Leixões, também indiciado no processo, seja proibido de participar na I e II Ligas.

O MP pede a suspensão de treinadores e jogadores. Na lista de acusados está ainda ‘Aranha’, dos Super Dragões, claque do FCP, como intermediário.

O advogado Nélson Sousa disse à saída que pediu a nulidade do processo.