Associação de Vítimas realça medidas "musculadas" que faltaram em Pedrógão Grande

Nádia Piazza diz que apoio financeiro agora prometido devia ter chegado também a Pedrógão.

21 de outubro de 2017 às 19:30
Nádia Piazza, presidente da Associação de Apoio às Vítimas de Pedrógão Grande Foto: Lusa
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Associação de Familiares das Vítimas de Pedrógão Grande, Leiria, Grande, Pedrógão, Lusa Nádia Piazza, chefe de Estado, Palácio de Belém, Nádia Piazza, França, Castelo Branco, Sertã, Pampilhosa da Serra Foto: CMTV
Membros da Associação das Vítimas de Pedrógão Grande em Belém Foto: Mariline Alves
Associação de Familiares das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande com Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Mariline Alves

1/4

Partilhar

A Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande destacou este sábado as "medidas musculadas" que o Governo anunciou em relação aos incêndios do último domingo, recordando que a mesma situação não se verificou aquando do incêndio de Pedrógão Grande.

Pub

"Houve músculo. Houve medidas musculadas, que são medidas de emergência, mas com músculo financeiro. Aqui, não houve. Não houve em Pedrógão", disse à agência Lusa a presidente da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG), Nádia Piazza.

Para a responsável da associação, as mesmas medidas de apoio financeiro hoje anunciadas em Conselho de Ministros deveriam "ter acontecido" aquando do incêndio de Pedrógão Grande, fogo que resultou na morte de 64 pessoas.

Pub

Na região afetada pelo incêndio de junho, houve apenas "fundos de solidariedade" geridos "com pouca transparência".

"Esse músculo deveria ter aparecido" aquando da tragédia de Pedrógão, frisou.

Nádia Piazza, que falava à Lusa antes da cerimónia de homenagem às vítimas na estrada nacional 236-1, recordou que as tragédias aconteceram "por motivos conjunturais".

Pub

No entanto, vincou, é preciso não se tirar o foco "da origem do problema, que é estrutural".

"Se desviarmos o foco do que é estrutural - a floresta, a demografia, a economia no interior - daqui a três ou quatro anos vamos estar a discutir o problema de novo", notou Nádia Piazza.

O Governo anunciou hoje a disponibilização de uma verba total "entre 300 e 400 milhões de euros" para a recuperação das habitações e infraestruturas de empresas e autarquias, o apoio ao emprego e ao setor agrícola e florestal, nos municípios afetados pelos incêndios de domingo.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar