Degola a mãe por proibir lareira acesa em casa

Louis, 28 anos, tinha discussões regulares com a mãe, Christine, de 68 anos.

06 de agosto de 2018 às 01:30
Inglesa Christine Yates foi morta pelo filho, Louis Yates, na casa onde viviam, em Lagoa Foto: Nuno Alfarrobinha
Moradia onde decorreu o crime, em Lagoa Foto: Nuno Alfarrobinha

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A doença mental de Louis, de 28 anos - diagnosticado como maníaco-depressivo - está na origem de discussões frequentes com a mãe, mas a situação atingiu níveis extremamente violentos no sábado à tarde, na moradia onde os dois ingleses residiam, no sítio da Caramujeira, em Lagoa.

O destino da mulher parecia que estava traçado. A GNR foi chamada ao local devido a mais uma discussão entre mãe e filho. Registaram a ocorrência e saíram quando os ânimos acalmaram. Já durante a tarde, numa nova discussão, o homem matou Christine, de 68 anos, com um golpe de arma branca no pescoço. Já foi detido pela GNR e o caso entregue à PJ.

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Segundo o CM apurou, tudo começou com Louis a acender a lareira, apesar de estarem perto de 38 graus no exterior da habitação. Seguiu-se uma discussão e a chamada das autoridades, situações que se tinham tornado frequentes há alguns anos. Os militares da GNR tomaram conta da ocorrência e, como o jovem parecia estar mais calmo, foram embora.

Já perto das 16h00, Louis começou a ter comportamento estranhos. Primeiro foi a casa dos vizinhos e, quando lhe abriram a porta, disse que não se passava nada. Regressou a casa. Pouco depois, voltou aos vizinhos para lhes pedir uma garrafa de água. Começaram a estranhar.

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"Perguntei onde estava a mãe mas disse que estava tudo bem. Segui-o até casa e vi a mulher deitada no terraço, em frente ao quarto dela. Tinha uma nódoa negra e sangue já seco na face", revelou ao CM o vizinho que chamou as autoridades, mas que quis manter o anonimato. Louis encontrava-se calmo e esperou serenamente até à chegada das autoridades.

Segundo fonte da GNR, Louis degolou Christine no quarto com uma arma branca e arrastou-a para fora da habitação.

PORMENORES

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Acompanhamento clínico

Louis estava a ser acompanhado e esteve várias vezes internado na unidade de psiquiatria do Hospital de Portimão. "Vinha normal, mas deixava de tomar os medicamentos e descompensava", disse um dos vizinhos.

Casa no Algarve há 18 anos

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O filho e mãe, de nacionalidade inglesa, já residiam no Algarve há 18 anos. Compraram a moradia aos antigos proprietários, de origem alemã. Segundo o CM apurou, o pai de Louis regressou a Inglaterra, há alguns anos. A família dava-se bem com os vizinhos, mas eram muito reservados.

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