Homicida recusa explicar morte de Maëlys
Nordahl Lelandais não adianta pormenores desde confissão de fevereiro.
Nordahl Lelandais não ajuda os investigadores desde fevereiro, quando confessou a um juiz ter morto "involuntariamente" Maëlys de Araújo, a lusodescendente de 9 anos que o ex-militar raptou de uma festa de casamento, em França, e assassinou faz segunda-feira um ano.
O homicida esteve várias vezes em tribunal, a última delas a 3 de julho, mas repete-se e recusa esclarecer as dúvidas da investigação.
Nordahl Lelandais disse à Justiça francesa que deu uma violenta pancada com as costas da mão na face da menina, porque a menina gritou no carro quando a levava a ver os seus cães. Depois escondeu o corpo. Esta versão entra em contradição com os resultados da autópsia.
O corpo de Maëlys (encontrado numa serra em fevereiro, seis meses após o rapto) tinha duas fraturas no maxilar e lesões no crânio.
Os legistas asseguram que nenhuma das lesões foi fatal e foram todas infligidas antes da morte da menina. "A morte de Maëlys de Araújo não foi de forma alguma acidental. Foi morta após uma sucessão de golpes", assegura a procuradoria de Grenoble.
Mas a forma como tudo ocorreu é ainda uma incógnita, assumem os investigadores, e por isso chamaram Lelandais em março, abril e junho. O homem recusou inclusive esclarecer a forma como se ‘desfez’ do corpo: no local que indicou não havia indícios.
Uma semana antes de matar Maëlys, o homem foi apanhado a abusar uma sobrinha de 6 anos enquanto esta dormia. Mas a autópsia não revelou que a lusodescendente tivesse sido violada.
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