Governo avança com sementeiras aéreas depois de incêndio em Silves

Medida visa criar prados e pastagens para espécies cinegéticas e evitar erosão do solo.

21 de setembro de 2018 às 08:37
Terrenos ardidos no concelho de Silves Foto: Lusa/ Luís Forra
Fogo descontrolado em Silves Foto: Pedro Prata
Fogo em Silves Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Bombeiros combatem fogo Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Bombeiros combatem fogo Foto: Miguel A. Lopes/Lusa

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O Governo vai avançar com sementeiras aéreas em terrenos do concelho de Silves afetados pelo grande incêndio do início de agosto, que começou na serra de Monchique e se alastrou depois aos municípios vizinhos.

Foi ainda proibida, a partir desta sexta-feira e até ao final da época venatória 2018/2019, a caça nas zonas ardidas, com exceção do javali.

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Miguel Freitas, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, explicou ao CM que se trata de "intervenções de emergência", estando previsto que as sementeiras aéreas sejam realizadas entre "outubro e novembro" (aquando das primeiras chuvas), abrangendo, para já, cerca de "300 hectares", nas herdades da Parra e Santinhas, que pertencem ao Estado.

O governante adiantou que o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária irá "escolher as sementes adequadas", que serão lançadas de avião já "pré-germinadas".

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O objetivo é criar "prados e pastagens para as espécies cinegéticas", permitindo, ao mesmo tempo, "aguentar o solo, que é pobre". Esta medida poderá ainda contribuir "para melhorar a estrutura desse solo".

Os terrenos ardidos em Silves eram ocupados sobretudo por mato, ao contrário da serra de Monchique, onde existia floresta.

Nesse último caso, segundo Miguel Freitas, a estratégia passa por tirar parte da madeira ardida para "triturar e espalhar pelo terreno", sendo criadas, em zonas críticas, "barreiras para suster a erosão".

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