Polícia reconstitui homicídio de Maëlys de Araújo
Autoridades francesas procuram pistas nos locais onde homicida levou menina lusodescendente de nove anos.
Nordal Lelandais saiu esta segunda-feira da prisão onde se encontra desde fevereiro. Foi levado por uma escolta policial para Point de Beauvoisin onde a reconstituição do crime estava marcada para começar.
Com mais de 200 agentes da polícia francesa destacados para esta operação, Lelandais chegou pouco antes das oito da noite – hora francesa- ao espaço onde a 26 de agosto do ano passado esteve num casamento. Nessa festa encontrava-se também Maëlys de Araújo. A menina luso descendente foi vista pela última vez nessa noite.
O homem foi, desde o início, o principal suspeito do rapto da criança de 9 anos. Em setembro foi formalmente acusado de sequestro, na sequência da descoberta de restos de ADN da menina no carro e, em novembro, acusado de homicídio.
No entanto, só em fevereiro confessou o crime. Afirmou que foi involuntário e levou a policia até ao local montanhoso onde enterrou os restos mortais de Maëlys.
Este será o ultimo dos três locais onde a operação desta segunda-feira se centra.
Depois de sairem do salão de festas, já pelas dez da noite, os presentes dirigiram-se para a casa dos pais de Nordal Lelandais. Terá sido para aqui que o homem de 35 anos se deslocou com a menina, já inconsciente, após lhe ter batido.
Além do arguido, também os pais de Maëlys foram convocados para esta reconstituição. As autoridades consideram este um passo importante ao nível judicial mas também para a família da menina. Advogados, juízes, o procurador local também acompanham todo o processo.
O carro do suspeito foi levado para o local de modo a que a reconstituição seja o mais real possível. Assim as autoridades procuram confrontar Nordal Lelandais com todos os pormenores que descreveu e que não coincidem com as informações apuradas ao longo da investigação.
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