Finge roubo para matar a companheira à facada
Mário Coelho vai ser julgado por ter degolado a mulher, em Porto de Mós.
O homem que degolou a companheira pelas costas enquanto ela almoçava, no Juncal, Porto de Mós, tinha preparado um cenário de roubo na moradia para ludibriar as autoridades e quando foi confrontado com as provas assumiu o crime, dizendo que tinha agido por amor e compaixão, por a vítima ter uma doença grave. O crime ocorreu em abril e o homicida, Mário Coelho, 59 anos, foi agora acusado de homicídio qualificado, aguardando na cadeia a marcação do julgamento.
Antes de matar Maria de Lurdes Vieira, 52 anos, o homicida retirou um plasma de casa e pediu a uma ex-namorada para o esconder, para simular o assalto. Com uma faca de cozinha, atingiu a vítima com inúmeras facadas no peito, braços, tronco e pescoço, e depois foi trabalhar, deixando as gavetas todas remexidas.
Ao final da tarde regressou a casa e começou a gritar por socorro, após o que se sentou num sofá, até à chegada dos Bombeiros e da GNR. Esteve sempre choroso, até no funeral, e apenas assumiu o crime quando foi confrontado pelas autoridades, tentando justificar o seu ato com uma doença grave que estava a deixar a vítima desolada e a pensar suicidar-se.
PORMENORES
Usou luvas de borracha
Mário Coelho usou um par de luvas de borracha de cor azul para esfaquear Maria de Lurdes Vieira. Atacou-a pelas costas, quando ela estava sentada à mesa a almoçar. Como ela se debateu, continuou a golpeá-la até a mulher deixar de se mexer.
Relação de quatro anos
O homicida e a vítima iniciaram uma relação amorosa em 2014, e passaram a viver juntos, na casa de Maria de Lurdes Vieira, em fevereiro do ano passado. Mário Coelho era motorista, enquanto a vítima trabalhava numa fábrica de louça.
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