PJ analisa ajustes diretos nas contas da Turismo do Porto e Norte
Gabriela Escobar ouvida todo o dia no TIC do Porto.
Foi a grande quantidade de ajustes diretos que levou a PJ a investigar de fio a pavio as contas da Turismo do Porto e Norte. Sempre que tinha um evento que ultrapassava a possibilidade de fazer um ajuste direto - 40 mil euros - e para evitar o lançamento de concurso público, o organismo dividia-o em partes, de forma a poder fazer o negócio diretamente.
Outra das detidas foi a jurista da Turismo do Porto e Norte. Gabriela Escobar foi ouvida, este domingo, durante todo o dia, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto. "A minha cliente estava muito serena e prestou todos os esclarecimentos", explicou o advogado de defesa Pedro Meira, que referiu ainda que a detenção foi "descabida e exagerada". "A minha cliente nunca se furtou a prestar qualquer tipo de esclarecimento. Este circo mediático para uma pessoa que é mãe de família e com dignidade acima de toda a prova é colocar em causa o princípio da presunção de inocência", disse o causídico.
No sábado, ficou concluída a inquirição de Melchior Moreira, que negou a prática de quaisquer dos crimes de que é acusado, e de Isabel Castro, diretora operacional da entidade. Estão indiciados de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências e recebimento indevido.
PORMENORES
Últimos interrogatórios
Os dois detidos que falta ouvir, Manuela Couto, administradora da W Global Communication, e José Agostinho, da Tomi World, vão comparecer hoje no TIC do Porto.
Medidas de coação
As medidas de coação dos cinco detidos na operação Código Éter devem ser conhecidas hoje, depois de interrogados os últimos acusados do esquema.
Suspeitas da PJ
A PJ realizou buscas em entidades públicas, clubes de futebol e sedes de empresas, por suspeita de contratos relativos a publicidade, imagem, marketing e à construção de lojas interativas.
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