5 mil polícias na rua a lutar por aumentos
Operacionais de seis forças e serviços de segurança exigem ao Governo o descongelamento de carreiras.
Cerca de cinco mil operacionais da PSP, GNR, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE, participaram esta quinta-feira numa concentração nacional contra o congelamento das carreiras. O protesto serviu para denunciar o que os sindicatos e associações consideram ser a falta de efetivos e o desinvestimento nas forças de segurança.
O dia, começou, no entanto, com boas notícias, pelo menos para a PSP e GNR. A ASPP, maior sindicato da PSP, foi informada pelo Ministério da Administração Interna de que, a partir de 2019, será reposto o pagamento dos suplementos durante as férias, cortados durante o governo de José Sócrates. Apesar de o ministério de Eduardo Cabrita se ter sujeitado à ordem do Supremo Tribunal Administrativo, que ordenou a reposição dos suplementos, a ASPP manteve o protesto.
Opinião semelhante teve a Associação dos Profissionais da GNR, que além da mesma reposição de suplementos em tempos de férias, ouviu ainda o MAI prometer um descongelamento parcial de carreiras. As duas estruturas afirmam ir lutar pelo pagamento de retroativos.
Assim, a marcha dos polícias iniciou-se mesmo pelas 17h00. À hora de jantar, o extenso cortejo chegou ao parlamento, onde foi entregue um memorando no gabinete de Ferro Rodrigues. Uma delegação de representantes de cada uma das forças de segurança mostrou descontentamento com a proposta de orçamento para 2019, que não contempla a valorização das carreiras e a profissão de desgaste rápido.
SAIBA MAIS
Invasão em 2013
Em novembro de 2013, em pleno governo PSD/CDS uma manifestação de elementos das forças de segurança conseguiu invadir as escadas do Parlamento com confrontos físicos.
45 313
Segundo os últimos números da direção- –geral da Administração e do Emprego Público, existiam em agosto 45 313 elementos das forças de segurança ao serviço do Estado.
Abril de 1989
Em abril de 1989 uma manifestação de polícias que exigiam liberdade sindical acabou em confrontos na praça do Comércio, naquilo que ficou conhecido como ‘secos e molhados’.
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