Autocarros a gás da STCP não passam em viadutos
Novas viaturas são mais altas do que algumas passagens inferiores.
São 27 os novos autocarros a gás da STCP que já estão em funcionamento no Grande Porto. Mas por serem altos demais não passam por baixo de alguns viadutos e, por esse motivo, seis linhas das 73 que a empresa opera - nomeadamente no Porto, Gondomar e Valongo - continuam a ser asseguradas pelas viaturas da antiga frota.
"O problema ocorre no viaduto que fica por baixo da linha de comboio, em Rio Tinto; no que fica por baixo da linha férrea, no centro de Valongo; e no viaduto entre os bairros de Regado e da Prelada. Deviam ter feito medições antes de comprar os novos autocarros. Eu, antes de comprar um carro, por exemplo, tento perceber se ele vai caber na garagem", ironizou Eduardo Ribeiro, motorista da STCP e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte.
A elevada quilometragem de algumas das viaturas antigas poderá estar na origem de um problema. "Quando os novos veículos rondarem 50% da frota e os atuais chegarem aos 600 mil quilómetros vai ser um grande problema. Ou aumentam o tamanho dos viadutos ou têm de pensar numa nova rota", contou Eduardo Ribeiro.
A STCP encomendou 188 novos autocarros - 15 elétricos e 173 a gás - à empresa alemã MAN, em 2017, e deverão estar todos em funcionamento em 2020.
"A STCP tem diversos tipos de autocarros, articulados, de dois pisos, minis e ‘standard’, e por esse motivo, apesar de os novos não passarem em alguns viadutos, o transporte é assegurado.
Na próxima vaga de investimento está prevista a aquisição de 67 autocarros de baixo perfil, que podem operar nas linhas com limitação de passagem sob alguns viadutos e 19 autocarros ‘low entry’", explicou fonte oficial da STCP.
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