Ladrão de carro em Lisboa morto com golpe de 'mata leão'
Crime ocorreu na Zona J em Chelas. Suspeito ficou sob custódia da PSP.
O proprietário do carro assaltado na tarde deste domingo, suspeito de homicídio do ladrão, vai ser sujeito a apresentações semanais nas autoridades como medida de coação até à data do julgamento.
João Januário Cerqueira, de 38 anos foi morto na tarde de domingo pelo dono do carro que estava a assaltar, na avenida Paulo VI, na zona J de Chelas, em Lisboa.
De acordo com fonte policial, o homicida, de 37 anos, estaria em casa quando se apercebeu do assalto e correu, com uma faca na mão, para confrontar o ladrão, que estava ‘armado’ com uma chave de fendas, que usava para tentar levar o auto-rádio do veículo.
Os dois envolveram-se numa luta, tendo a vítima morrido devido a um golpe de ‘mata-leão’ (um gesto de artes marciais que resulta num estrangulamento). O homem foi detido pela PSP ainda no local, tendo a Polícia Judiciária assumido a investigação ao crime. Para já o caso está a ser tratado como um homicídio, mas segundo fontes policiais, o relato de algumas testemunhas indicia que se possa ter tratado de um crime de excesso de legítima defesa ou ofensas à integridade física agravadas pelo resultado.
De acordo com as declarações avançadas pela sub comissária Ana de Carvalho à CMTV durante esta segunda-feira, a PSP foi chamada ao local numa primeira fase para um assalto a uma viatura, seguindo-se de uma ocorrência de alegadas agressões entre cidadãos.
Família tem versão diferente
A família de João Januário Cerqueira tem uma versão bem diferente dos factos. Os familiares contam que o homem foi morto pelo proprietário do carro que estava a furtar, numa rua de Chelas. Contam que o ladrão foi cercado pelo dono do carro e outros cinco homens, que o espancaram no local.
Suspeito detido
O suspeito ficou sob custódia da PSP e já se encontra em tribunal, onde vai ser presente a primeiro interrogatório judicial.
Segundo o CM apurou, o óbito foi declarado no local. O corpo foi removido para a morgue do Instituto Nacional de Medicina Legal para ser autopsiado.
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