Salva-vidas recebem valor extra por exposição ao risco

Deixam de receber horas e passam a nova tabela de serviços.

09 de dezembro de 2018 às 09:43
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O diretor-geral da Autoridade Marítima vai atribuir aos tripulantes das Estações Salva-Vidas (ESV) um valor variável, que virá do bolo geral de "verbas de compensação com pessoal" para pagar os serviços fora de horas e que virá substituir as horas extraordinárias que começaram a ser pagas após o desastre do Olívia Ribau, na Figueira da Foz, que há 3 anos matou 5 pescadores e destapou a falta de pessoal e as fragilidades das ESV.

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Segundo explica ao CM o vice-almirante Sousa Pereira, a componente variável é para os operacionais e acresce à componente fixa que o pessoal das ESV começa a receber em janeiro, proveniente do bolo de 7 a 10 milhões de euros dos atos administrativos da AMN e que até agora lhes estava vedado.

"Vamos valorizar quem está mais exposto ao risco. É de toda a Justiça incluir os tripulantes da ESV. Ganham muito mal", afirma Sousa Pereira. Estes, até agora, recebiam as 150 horas extra máximas permitidas.

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"Era insustentável e tinha de acabar. Foi autorizado quando as ESV tinham 60 pessoas e era necessário assegurar a prontidão. Agora têm o dobro, já se conseguem escalas com pelo menos 2 pessoas ao fim de semana", diz.

Na busca de "controlo e transparência", os tripulantes vão preencher fichas dos serviços, tipificados num despacho de novembro.

Estes serão pagos, na componente variável, conforme a importância operacional e risco: uma emergência vale o dobro de um exercício. "Será feita uma avaliação", em junho, à aplicação do novo modelo.

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