Pereira Cristóvão ficava com metade do dinheiro dos assaltos a casas

Mustafá e irmão eram os intermediários do esquema e recolhiam dinheiro dos roubos.

21 de fevereiro de 2019 às 01:30
Partilhar

Um agente da PSP que integrava o gang chefiado por Paulo Pereira Cristóvão garantiu esta quarta-feira em tribunal que "metade do dinheiro dos assaltos era para quem teve a ideia e a outra metade era dividida [entre os operacionais que concretizavam os ataques]".

Elói Fachada, atualmente suspenso da PSP, confessou ter participado em vários roubos armados, mas afirmou que o antigo vice-presidente do Sporting era o mentor do esquema, enquanto Mustafá – o cabecilha da claque Juve Leo – e o irmão tinham um papel de intermediários.

Pub

Elói Fachada explicou que foi contactado por Vítor Hugo e Paulo Santos – os familiares de Mustafá –, em fevereiro de 2014, para assaltar um alegado burlão que vivia num condomínio em Birre, Cascais. O homem teria 80 mil euros num cofre.

O polícia falou com um colega, que forjou um mandado de busca, e desta forma entraram na casa, retirando todo o dinheiro que estava no cofre.

Pub

"Nem contámos quanto era. Pusemos num saco e, no regresso, o saco foi entregue a Mustafá e Paulo Santos. Voltaram duas horas depois e entregaram 7500 euros a cada um." No entanto, no cofre estavam 145 mil euros.

Falham assalto a três milhões de euros

Outro dos assaltos planeados por Paulo Pereira Cristóvão levou quatro elementos do grupo a uma casa na avenida do Brasil, em Lisboa.

Pub

O objetivo era assaltar um administrador do BPN que teria desviado e guardado três milhões de euros sob os tacos de uma sala.

O grupo atacou, invadiu o apartamento indicado com um mandado forjado, mas saiu de mãos a abanar.

"Percebemos depois que foi o andar errado" admitiu o agente Elói Fachada.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar