Burla com grávidas falsas lesa Segurança Social em mais de meio milhão de euros

Funcionária de Coimbra terá tido rendimento mensal médio de 13 mil euros.

09 de março de 2019 às 10:21
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Uma funcionária da Segurança Social terá forjado quase 100 gravidezes para ficar com o dinheiro do "abono de família pré-natal" atribuído às supostas grávidas, numa burla que lesou o Estado em mais de meio milhão de euros. O esquema terá sido colocado em prática entre 2014 e 2018 e atingido a maioria dos centros distritais da Segurança Social.

Segundo avança a imprensa nacional, a funcionária de 49 anos, detida na sexta-feira no Núcleo de Prestações Familiares do Centro Distrital de Coimbra da Segurança Social, está acusada de crimes de burla, falsidade informática e branqueamento de capitais. Presente a um juiz para primeiro interrogatório, ficou sujeita a apresentações diárias às autoridades mas não foi suspensa de funções.

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A suspeita, de acordo com a mesma fonte, terá recorrido a 85 números de identificação da Segurança Social – alguns deles mais do que uma vez -, de mulheres de várias nacionalidades, que não existirão realmente. Usando as suas credenciais do sistema informático da SS, manipulava o sistema de atribuição dos abonos e colocava os requerimentos em estado de "deferido".

A estratégia, descoberta por acaso, terá pedido à funcionária um rendimento mensal médio de 13 mil euros durante o período em investigação. Os abonos seriam pagos para duas contas em nome da suspeita.

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