Pó da Siderurgia sem perigo para a saúde em Paio Pires

Dimensão dos fragmentos recolhidos afasta risco de inalação involuntária.

12 de maio de 2019 às 09:54
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Um estudo do Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares do Instituto Superior Técnico concluiu que os fragmentos não inaláveis depositados nas varandas e viaturas da Aldeia de Paio Pires, no Seixal, indiciam uma ligação entre o Parque Industrial da Siderurgia Nacional e os episódios de aumento dos níveis de partículas no ar, pese embora - pela sua dimensão - não apresentem perigosidade para a saúde.

"As partículas analisadas têm uma dimensão muito elevada e, portanto, não penetram muito profundamente no aparelho respiratório, pelo que não apresentam perigosidade ou risco para a saúde", explicou Marta Almeida, investigadora responsável pelo trabalho, apresentado este sábado.

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Considerada a granulometria das partículas amostradas, é previsível que a sua fonte emissora se encontre próxima da Aldeia de Paio Pires, pelo que "não podem ter origem no Norte de África", uma das hipóteses aventadas.

A análise da composição química dos fragmentos, que constata elevada concentração de ferro ou alumínio, confirma depois que estes se aproximam do perfil de amostras recolhidas em zonas industriais siderúrgicas.

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Mas as conclusões - que excluem da análise partículas de menor dimensão, não visíveis - "não descansam" o Município.

"Enquanto existirem partículas no ar, que sejam perturbadoras do bem estar das pessoas, vamos intervir e exigir novas medidas", antecipa Joaquim Tavares, vereador do Ambiente.

Uma nova investigação epidemiológica, da responsabilidade da Escola Nacional de Saúde Pública, em parceria com o Instituto Ricardo Jorge, deverá ser apresentada em junho.

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