Reclusos bêbedos sovam três guardas na cadeia do Linhó em Sintra

Fredilson Brito acusou 1,5 g/l e Hugo Monteiro 2,8 g/l após ingerirem ‘xixa’.

26 de junho de 2019 às 09:24
Fredilson Brito, agressor Foto: Direitos Reservados
Agressões ocorreram na ala B da cadeia do Linhó, Sintra Foto: Pedro Catarino

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Fredilson Cardoso Brito, de 25 anos, o preso 109, a cumprir um cúmulo jurídico de 13 anos por crimes de violação e coação sexual, e Hugo André Monteiro, recluso 254, o que se encontrava com a taxa mais alta de alcoolemia, estavam já perto das respetivas celas quando, pelas 19h00, receberam ordem para se deixarem fechar. Ambos recusaram e começaram a insultar e a empurrar os três guardas que ali se encontravam.

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O ataque ocorreu à porta de uma cela. Um guarda de 30 anos, e com apenas um mês de serviço efetivo (acabou o estágio em maio), foi agredido a murro e pontapé. Dois outros também foram atacados, ao tentarem defender o colega. Mesmo já manietado, Fredilson Brito ainda deu um pontapé na cara do primeiro guarda, fugindo em seguida. Fechou-se na própria cela e foi necessário aos guardas vestirem o equipamento antimotim para o desalojarem. Antes de ser controlado, o agressor apontou um chino (faca artesanal) aos guardas.

Os reclusos foram para celas de separação, com processos disciplinares. Os guardas receberam tratamento no hospital de Cascais. A suspeita de fratura do nariz do guarda de 30 anos não se confirmou. Os três receberam alta médica na mesma noite.

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PORMENORES

Descontentes

Após os ataques gerou-se descontentamento entre os guardas do Linhó. Foi exigida uma reunião com o diretor dos Serviços Prisionais e o chefe de segurança das cadeias.

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Cinco guardas

Numa semana, cinco guardas foram agredidos no Linhó. O primeiro sofreu ferimentos numa perna. No domingo, um outro teve os óculos partidos, e na 2ª- -feira ocorreram os outros três ataques.

Poucos guardas

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Apesar de a cadeia do Linhó ter 137 guardas no efetivo, raramente estão mais de 40 ao serviço. Têm de garantir a segurança em duas alas e num pavilhão de trabalho, num total de 500 presos.

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