Bombeiro que matou a amante diz que sete facadas foram dadas para se defender
Arguido assumiu arrependimento em tribunal. Caso ocorreu em janeiro deste ano, em Moimenta da Beira.
Carlos Loureiro - o bombeiro de 27 anos suspeito de ter matado a amante com pelo menos sete facadas, quase todas no pescoço, em janeiro, em Moimenta da Beira - disse esta terça-feira no tribunal "estar arrependido", mas que agiu "em legítima defesa", depois de ter sido atacado, com a mesma faca, pela jovem de 25 anos.
Segundo o arguido, que está acusado pelo Ministério Público de um crime de homicídio qualificado, Marina Fernandes exigiu-lhe "30 mil euros para resolver os problemas".
O crime aconteceu por causa de uma possível gravidez de Marina, tese que a defesa quer desmontar, uma vez que a autópsia revelou que a jovem não estava grávida. "Qual terá sido então o móbil do crime?", perguntou o advogado de defesa a um dos inspetores da PJ que investigaram o caso. "Não faço ideia. Só sei que o arguido repetiu várias vezes: esta p... estragou-me a vida", respondeu a testemunha.
O mesmo inspetor pode ter ajudado o coletivo a esclarecer uma dúvida que a defesa também estava a usar: o corte que Carlos apresentava na mão direita. O arguido alegou que foi por causa do primeiro e surpreendente ataque de Marina com a faca do crime.
Já a meio da primeira sessão, um dos bombeiros deu força à hipótese de que Carlos se teria cortado num vidro na casa de banho dos bombeiros. O inspetor da PJ, com quase 20 anos de experiência, defendeu que Carlos se cortou ao esfaquear Marina na clavícula, pois a faca bateu no osso e terá assim deslizado.
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