MP pede pena máxima para jovem de 17 anos que matou tios adotivos em Santiago do Cacém
Procuradora do MP diz que Lourenço demonstra "traços moderados de psicopatia".
O Ministério Público pediu, esta quarta-feira, pena máxima para Lourenço Fernandes, de 17 anos, que matou os tios adotivos em Santiago do Cacém.
O MP deixou cair crimes de profanação de cadáver por não ser possível provar que o arguido sabia que as vítimas estavam mortas quando continuou a tortura. Pede ainda a absolvição pelos dois crimes de profanação de cadáver e pede condenação por dois crimes de homicídio qualificado e um crime de condução sem habilitação legal.
A procuradora do Ministério Público disse que "o arguido demonstra traços moderados de psicopatia". O MP pediu 20 meses de prisão efetiva por condução sem habilitação legal, 20 anos por cada crime de homicídio qualificado, num cúmulo jurídico de 25 anos.
Recorde-se que Lourenço Fernandes, de 17 anos, degolou os tios, mutilou os cadáveres e ainda guardou vários troféus do crime macabro.
A descrição da Polícia Judiciária de Setúbal, que investigou o crime, não deixa dúvidas sobre a brutalidade do mesmo. Lourenço estava zangado com os tios adotivos porque não o deixavam entrar na casa, após lhes ter roubado o carro - Guilherme Santos tinha 74 anos e Eduarda Graça 83 -, e forçou uma conversa com eles.
Apenas Eduarda estava em casa, quando a discussão azedou. A mulher disse-lhe que era um inútil como o seu pai e Lourenço garante que perdeu a cabeça. Deu várias pancadas na cabeça da tia e, quando aquela já estava no chão, desferiu-lhe duas facadas nas costas. Inanimada, Eduarda foi ainda atingida com um golpe no tronco e três no pescoço. Foi degolada. Depois, Lourenço mutilou-lhe os olhos, só parando quando o tio entrou na casa.
Embora percebesse que a mulher estava morta, Guilherme ainda tentou travar a agressão. Nada pôde fazer para parar a violência. Foi atingido com uma facada na barriga, três na cara, duas nas costas e ainda nas pernas e no joelho. Nos últimos golpes, já estava morto.
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