Identificação de ‘casuals’ do Benfica posta em causa
Contradições entre PSP e testemunha forçam acareação na última sessão do julgamento. Três professoras dizem estranhar que “aluno de 20 valores” esteja envolvido no processo.
A forma como os 13 ‘casuals’ do Benfica, a ser julgados por espancar e sodomizaram elementos da própria claque, foram identificados está a ser posta em causa devido a contradições entre uma testemunha e a PSP. A situação obrigou a uma acareação, realizada esta quinta-feira, mas que terminou sem certezas.
Em causa está o depoimento de Rodrigo Silva, um jovem que no início da investigação foi chamado à PSP para tentar identificar os agressores. No depoimento que fez em tribunal, garantiu que lhe foram mostradas dezenas de imagens de suspeitos com os nomes, alguns dos quais estão agora a ser julgados, algo que a PSP garante não ter acontecido.
Na sessão desta quinta-feira, a última antes das alegações finais, o mesmo polícia garantiu que cumpriu todos os procedimentos previstos nestas investigações.
Do outro lado, a testemunha adiantou que se poderá ter expressado mal, mas depois admitiu que se encontrou com o mesmo polícia nos últimos dias. Na prática, fica nas mãos do coletivo de juízes aferir se a identificação dos autores dos crimes foi regular. Os advogados de defesa garantem que esta dúvida pode pôr em causa o julgamento e questionam por que motivo só há 13 arguidos quando os ataques envolveram perto de 30 pessoas.
A sessão desta quinta-feira ficou marcada ainda pelo depoimento de três professoras de um dos arguidos, Pedro Costa, que o descreveram como "um aluno de 20 valores" e que "não percebem como está envolvido nisto".
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