270 moradores realojados em meio ano no bairro do Aleixo
Rui Moreira diz que os prédios já não são recuperáveis e não têm sequer condições dignas.
A Câmara do Porto vai realojar em habitação municipal, no prazo máximo de seis meses, as 270 pessoas que vivem nas três torres do bairro do Aleixo porque os imóveis, segundo o edil Rui Moreira, "não são recuperáveis".
O autarca explicou que decidiu realojar "o mais rapidamente possível" todas as famílias que ocupam 89 frações já que uma "vida digna não é possível naquelas condições".
A solução passa por realojá-las em "habitação municipal que vai vagando" e "alguma da pouca habitação que foi entregue pelo fundo imobiliário".
"E com esta decisão, resolvemos, pelo menos, a questão da dignidade e condições de habitabilidade", disse Rui Moreira.
Já quanto ao Fundo do Aleixo, constituído pelo anterior presidente, Rui Rio, o edil afirmou estar a ser estudada uma solução definitiva.
"Acredito que será possível encontrar uma solução rápida que, a seu tempo, anunciaremos. O Fundo e o bairro do Aleixo formavam seguramente um dos problemas de resolução mais complexa que encontrámos à nossa chegada, há cinco anos", realçou.
A ideia do anterior Executivo passava pela constituição de um fundo onde a câmara era parceira de privados e que visava desalojar os moradores, transferi-los para habitação construída pelo fundo, demolir as torres e desenvolver um projeto urbanístico 100% de luxo.
Moreira recordou que, à sua chegada, o Fundo do Aleixo estava sem capital, quase a ser compulsivamente extinto. Salientou que tentou "salvar a herança", tendo sido encontrado novo investidor (Mota-Engil) que ajudou a recapitalizá-lo.
O bairro do Aleixo era constituído por cinco torres, das quais restam apenas duas, depois de a torre 5 ter sido demolida em 2011 e a 4 em 2013.
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