Adiado julgamento de André Ventura sobre cartazes dirigidos à comunidade cigana

Estava previsto para ter inicio esta quinta-feira, no Tribunal da Comarca Judicial de Lisboa

25 de novembro de 2025 às 15:52
Cartazes de André Ventura criticados por associações ciganas com mensagem discriminatória Foto: X/@patriam_tv
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O julgamento de André Ventura sobre o caso dos cartazes dirigidos à comunidade cigana, com os dizeres “Os ciganos têm de cumprir a lei”, estava previsto para ter inicio esta quinta-feira, no Tribunal da Comarca Judicial de Lisboa, mas foi adiado para meados de dezembro, “provavelmente para o dia 16 ou 18”, segundo o líder do Chega.

O motivo do adiamento prende-se com o facto de, na quinta-feira, estar agendada a votação final do Orçamento do Estado para 2026 e ao facto de André Ventura ter de pedir autorização ao Parlamento para prestar declarações. “O pedido já foi feito à comissão de transparência”, informa André Ventura.

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Em causa está uma queixa de seis membros da comunidade cigana em Portugal – alguns ligados a associações como a Plataforma Nacional dos direitos Ciganos em Portugal, A Letra Nómadas - Associação de Investigação e Dinamização das Comunidades Ciganas ou a Associação Social, Recreativa e Cultural Cigana de Coimbra – que exigem a retirada dos cartazes.

De acordo com a queixa, os cartazes têm de ser retirados num prazo de 24 horas, se o tribunal assim o decidir. O partido deve, também, abster-se, no futuro, de voltar a colocar 'outdoors' de teor idêntico ou equivalente e que pague 5 mil euros por cada dia (e por cada cartaz) em que estes se mantenham fixados publicamente após decorrido o prazo determinado.

Os seis queixosos alegam que os cartazes "significam implicitamente que os ciganos não cumprem a lei" e que "estigmatizam e humilham o povo cigano". 

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Na altura do agendamento da primeira sessão de julgamento, o líder do Chega reafirmou, que "os ciganos têm de respeitar o Estado de direito e a lei". "Uma decisão que obrigue a retirar estes cartazes é passar a mensagem de que a comunidade cigana pode continuar a fazer o que entender em Portugal. É errado", acrescentou .Em declarações ao CM, André Ventura deixou claro que quer estar presente no julgamento. “O Tribunal disse que o julgamento poderia decorrer sem a minha presença, mas eu não quero. Era o que faltava”, disse.  

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