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Catarina Martins considera que cartazes de André Ventura são "distrações inaceitáveis e xenófobas" que dão jeito ao primeiro-ministro"

Em causa estão dois cartazes da candidatura presidencial de André Ventura com as frases "Isto não é o Bangladesh" e "Os ciganos têm de cumprir a lei".

29 de outubro de 2025 às 17:04

A candidata presidencial Catarina Martins disse, esta quarta-feira, que os cartazes de André Ventura sobre ciganos e o Bangladesh são "distrações inaceitáveis e xenófobas" da extrema-direita que dão jeito ao primeiro-ministro para esconder o seu programa económico.

Catarina Martins falava aos jornalistas em Almada, no distrito de Setúbal, depois de uma visita ao hospital Garcia de Orta.

A candidata presidencial e ex-coordenadora do Bloco de Esquerda sustenta que Portugal é um país em que a fatura do supermercado atinge níveis impossíveis para toda a gente e onde o Orçamento do Estado vai descer os impostos para as grandes empresas, nomeadamente sobre as que fazem os preços do supermercado, mas que não alivia o IVA sobre os bens essenciais.

"Tenho a certeza que o primeiro-ministro gosta muito de todas as distrações inaceitáveis, xenófobas que cria a extrema-direita, dá-lhe jeito para esconder o que está a acontecer", disse adiantando que em Portugal quem vive do seu trabalho esta a ter mais dificuldades e que o Governo "decidiu dar uma borla fiscal a quem ganha com preços exorbitantes e tratar cada vez pior quem não consegue chegar ao fim do mês".

Em causa estão dois cartazes da candidatura presidencial de André Ventura com as frases "Isto não é o Bangladesh" e "Os ciganos têm de cumprir a lei" colocados em duas zonas do município da Moita, no distrito de Setúbal.

Questionada sobre se as autoridades deveriam intervir Catarina Martins disse que a lei é para todos e que a Constituição tem de ser cumprida por todos.

"Os partidos como o Chega não estão acima da lei, não estão acima da Constituição. Têm de a cumprir, têm de a cumprir e têm de ser penalizados quando não a cumprem, como toda a gente. Ninguém está acima da lei. O Chega não está acima da lei", frisou.

Catarina Martins acrescentou ainda que em Portugal, os preços do supermercado são ao nível da Alemanha e os salários são metade mas que o Chega não usa esta informação nos seus cartazes.

"O Chega põe um cartaz à frente dos supermercados a dizer isto não é a Alemanha? Não. Porquê? Porque é a atitude do cobarde de atacar sempre os mais fracos enquanto protege os mais fortes", sustentou.

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