Adolescente usa pistola para ameaçar e conseguir violar ex-namorada

Jovem de 17 anos detido pela PJ em Oeiras após denúncia da vítima. É suspeito de ter cometido o mesmo crime três vezes.

24 de julho de 2025 às 01:30
Vítima foi forçada a sexo pelo ex-namorado Foto: Ricardo Cabral
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Uma relação de namoro entre dois adolescentes - ela com 16 anos e ele com 17 - terminou numa espiral de violência, com crimes sexuais e armas de fogo à mistura. O agressor foi preso na terça-feira pela Polícia Judiciária em Oeiras.

Segundo o CM apurou, os adolescentes mantiveram um relacionamento durante alguns meses, mas o namoro terminou no final do ano passado. Depois disso, a vítima terá aceitado um encontro com o rapaz, na casa onde vivia com a família. Nessa altura, o agressor tentou manter relações sexuais, mas perante a resistência da jovem acabou por puxar de uma arma de fogo e ameaçá-la com a mesma.

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O primeiro ataque sexual ocorreu em meados de dezembro e na altura a vítima ficou em silêncio. No entanto, nos dois meses seguintes, o adolescente repetiu o ataque. Conseguiu convencer a vítima a abrir a porta de casa outras duas vezes, num dos casos depois de lhe mostrar a arma através de uma videochamada. "Em todas essas ocasiões o suspeito terá sujeitado a vítima à prática de atos sexuais de relevo contra a vontade desta", adianta a PJ em comunicado.

Aterrorizada, a menor só conseguiu apresentar queixa há algumas semanas. A investigação da PJ e do Ministério Público recolheram indícios fortes contra o suspeito, o que levou à emissão de mandados de detenção.

O jovem, sem antecedentes criminais de qualquer tipo, estava quarta-feira a ser presente no tribunal de Cascais em primeiro interrogatório judicial.

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Saiba mais

Fonte da PJ admitiu ao CM que este caso revela uma situação extrema de violência no namoro. Tanto a vítima como o agressor estavam bem inseridos familiar e socialmente. Investiga-se a origem da pistola.

Devido à violência usada e à arma de fogo, o jovem agressor está indiciado por violação agravada. Arrisca uma pena até dez anos de cadeia caso venha a ser condenado pelo crime em tribunal.

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