Agressor da 'ex' causa acidente em perseguição e fica em preventiva

Um homem de 31 anos suspeito de violência doméstica contra a ex-namorada, de 20, incumpriu durante dois meses com as medidas de afastamento impostas por um juiz - chegou a persegui-la de carro causando um acidente - e foi agora novamente detido, pela GNR de Évora. E, esta sexta-feira, foi colocado pelo tribunal em prisão preventiva, medida de coação que havia sido inicialmente proposta pelo Ministério Público (MP) em março passado.

Segundo o MP, o homem e a vítima separaram-se em junho de 2024, porque ele a "maltratava física e psicologicamente". Esses comportamentos intensificaram-se após a separação, "inclusive com ameaças contra a vida da vítima".

Os factos ocorreram nas Alcáçovas e em Évora e o homem foi detido pela primeira vez a 12 de março deste ano. Como medida de coação - e com os perigos de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito - o MP pediu a prisão preventiva.

Mas o juiz de instrução sujeitou-o antes a proibição de contactos, "através de qualquer meio, direta ou por interposta pessoa, com a vítima e seus familiares, mediante fiscalização à distância, dispensando o tribunal, em razão da sua proteção, os consentimentos e fixando-se para o efeito um raio de distância (fixo e móvel) de 500 (quinhentos) metros". Ficou ainda proibido de ir a Alcáçovas e Évora.

"Sucede que o arguido, desde 12 de março até ao dia 11 de maio, incumpriu as proibições e voltou a importunar a vítima, desta vez, inclusive, movendo-lhe perseguição automóvel, provocando mesmo um acidente de viação com a viatura onde a vítima circulava. Os factos mais recentes ocorreram em Arraiolos", descreve o MP.

Por isso, foi novamente detido e, desta vez, ficou mesmo em prisão preventiva.