Queda do héli do INEM teve "impacto sem probabilidade de sobrevivência"
Relatório do GPIAAF confirma choque com torre de transmissão e relata ao pormenor como ocorreu o acidente.
O relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) determinou que o impacto da queda do helicóptero do INEM em Valongo não tinha "probabilidade de sobrevivência".
"A violência do impacto associada à posição invertida da aeronave no momento do choque com o solo, não deixaram espaço útil de sobrevivência para os ocupantes. Adicionalmente, as forças de desaceleração excederam largamente as tolerâncias humanas, sendo o acidente classificado como de impacto sem probabilidade de sobrevivência", pode ler-se no relatório.
O documento publicado esta quarta-feira relata ao pormenor como se deu acidente e confirma o choque contra uma torre de transmissão.
"Às 18h40, o helicóptero colide com uma torre de transmissão rádio, localizada na serra de Santa Justa", lê-se no relatório de carácter provisório.
Leia na íntegra o relatório do GPIAAF sobre o acidente do helicóptero do INEM
Segundo o documento, a torre tem 66 metros de altura e era "constituída por uma estrutura treliçada em tubos de aço, dotada de feixes de espias em cordão misto aço/fibra, espaçados igualmente em vários níveis ao longo da sua extensão para garantir a estabilidade estrutural".
A infraestrutura estava licenciada e foi dotada de equipamento de balizagem luminosa no seu topo", esclarece o GPIAAF acrescentando que "nesta fase da investigação, não é claro se esta balizagem estava operacional no momento do acidente".
Além da colisão com a torre, a cabine do helicóptero "colidiu ainda com outras duas espias de travamento da torre". Após o impacto, o helicóptero começou a desintegrar-se tendo-se imobilizado na serra a 384 metros do local inicial de impacto.
"Não foram encontrados quaisquer indícios de explosão ou incendio no pré ou pós acidente", aponta ainda o relatório.
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