Jovem que assassinou a colega Beatriz Lebre morre na cadeia
Rúben Couto foi encontrado morto na cela às 23h00.
Rúben Couto, que espancou até à morte a colega de mestrado em Psicologia Beatriz Lebre, com quem terá mantido uma relação amorosa, foi encontrado morto este domingo à noite no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL). Segundo apurou o CM, o corpo do homicida, de 25 anos, foi detetado às 23h00. Estava a ser vigiado de hora a hora, pelo que o óbito aconteceu entre as 22h00 e as 23h00.
De acordo com pormenores divulgados por Carlos Anjos, na CMTV, Rúben Couto usou as ligaduras da anterior tentativa de suicídio para se enforcar na cela.
Rúben Couto estava na Ala D do EPL há cerca de dez dias, depois de ter saído do confinamento, devido à pandemia de Covid-19. Às 23h40, uma equipa do INEM chegou ao local para recolher o corpo.
Rúben Couto foi detido no dia 27 de maio e confessou que assassinou Beatriz Lebre, de 23 anos, natural de Elvas, por quem tinha uma obsessão. Depois de a ter matado, atirou o corpo ao Tejo, Lisboa, que viria a ser recuperado pelas autoridades dois dias depois da detenção.
O advogado da família, Miguel Matias, confirmou ao CM que esta já foi informada da morte de Rúben no EPL. O jovem tinha tentado o suicídio antes: cortou os pulsos na primeira noite em que ficou detido e foi hospitalizado.
Jovem homicida esteve cinco horas com o corpo de Beatriz LebreRúben Couto esteve cinco horas com o corpo de Beatriz Lebre na casa da jovem, em Marvila, Lisboa. Limpou o apartamento e arrumou-o. Carregou o cadáver pelas três da manhã, já de dia 23, e chegou a casa às cinco.
Nas mais de sete horas entre o homicídio da colega de mestrado, de 23 anos, e o regresso a Almada, Rúben nunca se arrependeu. E foi só depois de ser detido, pelas sete da manhã de quarta-feira, dia 27, que confessou. Disse que o fez por ciúmes e indicou à Polícia Judiciária o local onde se desfez do corpo da jovem. E onde deitou fora a arma que usou para vergastar Beatriz.
Beatriz Lebre, a jovem de 23 anos que morreu às mãos do colega de mestradoBeatriz Lebre tinha 23 anos e era licenciada em Psicologia pelo ISCTE-IUL, foi assassinada por um colega que alegadamente pretendia manter uma relação com ela.
A jovem de 23 anos era uma apaixonada por música. O cinema e o teatro faziam parte do seu dia a dia mas o grande sonho desta jovem era voltar ao conservatório para se tornar pianista.
Trabalhava na Disney Store do Colombo desde setembro de 2019 e vivia em Chelas. O percurso escolar começou na Academia Música de Elvas em 2007, onde se manteve até 2015, tendo depois frequentado a escola secundária D. Sancho II onde concluiu um curso científico-humanistico.
Ingressou na Universidade de Évora numa licenciatura de Música-Piano, onde permaneceu entre 2015 e 2016. Estudou depois Psicologia entre 2016 e 2019, tendo concluído essa licenciatura no ISCTE.
Em 2019, entrou no Mestrado de Psicologia Social e das Organizações no ISCTE, em Lisboa. Terá sido assassinada na última sexta-feira e o corpo atirado ao Tejo, estando as autoridades a tentar localiza-lo.
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