Capturado homicida que fugiu após matar mulher a tiro

José Figueiredo, de 53 anos, matou a mulher, Jaqueline Margato, de 48, na localidade de Ervedal, em Quiaios, Figueira da Foz. A polícia montou um grande dispositivo para capturar o homicida que esteve em fuga até à manhã desta quarta-feira. 

O homicida foi capturado junto a uma moradia devoluta pertencente à família, por volta das 10h30. Segundo testemunhas no local, o homem foi encontrado pelo irmão Vítor Figueiredo.

A GNR confirma que o suspeito estava sozinho e no momento da detenção não ofereceu resistência e estava desarmado. Foi encaminhado para o Posto Territorial da Praia de Quiaios.

"Não ofereceu resistência, nem estava armado. Mas estava alterado, nervoso, baralhado e agora será entregue à Polícia Judiciária, para as diligências habituais", explicou.

Depois de ter estado no Posto Territorial da Praia de Quiaios, José Figueiredo foi encaminhado para o hospital e encontra-se agora na ala psiquiátrica em observação. Só após os médicos confirmarem que o homem está em condições para prosseguir com as diligências é que se poderá fazer  reconstituição do crime e confissão. Só assim a confissão terá valor em tribunal, uma vez que José Figueiredo se apresentava nervoso e confuso.

Desconhecem-se as circunstâncias em que o crime aconteceu, mas sabe-se, no entanto, que o suspeito utilizou uma arma de fogo e disparou sobre a vítima. Ainda foram tentadas várias manobras de reanimação, mas o óbito da mulher acabou por ser confirmado no local.

O corpo da vitima foi encontrado à entrada da casa, no quintal, e, de acordo com as autoridades, terá sido atingido com pelo menos um tiro no peito. O homem sofrerá de problemas psiquiátricos. 

O alerta foi dado pelo filho mais novo do casal por volta das 7h35 desta terça-feira.  

'Caça ao homem' na Figueira da Foz

O alerta foi dado pelo filho mais novo do casal por volta das 7h35 desta terça-feira.  

A GNR entrou na residência pelas 15h20 e verificou que o suspeito não se encontrava no interior da habitação. "Apurou-se ainda que as armas pertencentes ao suspeito (duas caçadeiras) encontravam-se na habitação, assim como outras duas propriedade de um familiar", avançam em comunicado.

"Pedimos à população que, se o vir, comunique, mas não se aproxime", afirmou a Guarda Nacional Republicana, já durante a tarde desta terça-feira.

Ao local chegaram equipas de negociadores e a equipa de intervenção tática da GNR para tentar descobrir o paradeiro do homicida. Um veículo do INEM está também no local.

"Ela estava a dar comida às galinhas. O filho é que ouviu o tiro e foi à procura e já só viu a mãe morta no chão. Diz que olhou para trás mas já não viu o pai, não viu nada. (…) Nunca os vi ralhar, sempre se deram bem. Ele já se tentou matar e agora aconteceu isto, não sei", contou uma vizinha à CMTV.

O suspeito não possui histórico de atos violentos, sendo considerado pela vizinhança uma pessoa calma e sem registo de conflitos, assegurou ainda a GNR, que deixou uma mensagem ao homem: "Gostaríamos, se ele nos estiver a ouvir, que se entregasse. Os familiares estão preocupados por ele, porque precisa de medicação. A GNR o interesse que tem é ajudá-lo".

O corpo da vítima mortal começou a ser retirado às 15h46 e alguns veículos das autoridades já abandonaram o local do crime.