Major-general entre 16 presos por corrupção na Força Aérea

12 militares entre os suspeitos.

04 de julho de 2017 às 11:36
Exercício Real Thaw 2017, na Base Aérea N.º11, em Beja Foto: Vítor Mota
Exercício Real Thaw 2017, na Base Aérea N.º11, em Beja Foto: Vítor Mota
estado maior da Força Aérea, sede, alfragide Foto: EMFA
Um caça F-16 descola durante o curso europeu de formação de pilotos instrutores, o FWIT, comparado ao Top Gun americano, na Base Aérea n.º 5, em Monte Real, que ontem recebeu a visita do chefe do Estado-Maior da Força Aérea e do ministro da Defesa. (Paulo Cunha/Lusa)
2017-05-12_17_13.42 Direitos Reservados Força Aérea Portuguesa 1 P-3 avião-espião.jpg Foto: Força Aérea Portuguesa
2017-05-12_17_13.43 Direitos Reservados, Força Aérea Portuguesa P-3 avião-espião 3.jpg Foto: Força Aérea Portuguesa
Exercício Real Thaw 2017, na Base Aérea N.º11, em Beja Foto: Vítor Mota

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A corrupção na Força Aérea (FA) subiu ao mais alto nível, com doze militares presos, entre os quais um major-general e outros seis oficiais de alta patente. Todos sob suspeita de se terem deixado subornar, ao longo de vários anos, por empresários do setor da restauração que fornecem bens alimentares para cerca de 15 bases da FA de norte a sul.

Ao todo foram feitas 16 detenções esta manhã - quatro dos quais civis, empresários - pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, em articulação com a 9ª secção do DIAP de Lisboa e com a PJ Militar.

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Em causa está a continuação da investigação que levou a outras seis detenções em novembro do ano passado, precisamente pelo mesmo esquema de sobrefaturação das compras de produtos alimentares para as bases aéreas - o que permitiu a esta rede de militares prejudicar o Estado, em proveito próprio, na ordem dos 10 milhões de euros.

Nesta segunda operação foram detidos alguns dos mais altos responsáveis da FA - entre os quais o major general que entre outras altas responsabilidades teve a de comandar a Direção de Abastecimento e Transportes, em Alfragide, junto ao Estado Maior da FA.

Em comunicado, a PJ confirmou entretanto que em causa nesta operação "participaram 130 elementos da Polícia Judiciária e 10 Magistrados do Ministério Público, foram realizadas 36 buscas nas áreas dos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Évora e Faro, das quais 31 domiciliárias e 5 não domiciliárias, tendo sido apreendidos documentos e material relacionado com a atividade criminosa em investigação". A Judiciária detalha que os detidos são suspeitos dos crimes de "corrupção passiva e ativa para ato ilícito, abuso de poder e falsificação de documentos".

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