Amante de Rosa Grilo diz ter dúvidas sobre inocência da mulher

António Joaquim afirmou em tribunal: "Contou-me que o Luís lhe batia".

31 de outubro de 2018 às 01:30
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A afirmação foi feita por António Joaquim, o amante de Rosa, preso preventivamente pelo homicídio do triatleta. Disse à juíza que Luís Grilo era violento com a mulher e que a agrediu pelo menos duas vezes.

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"A Rosa contou-me que o Luís lhe batia", garantiu, revelando que a última situação foi recente. "Esta última vez terá sido no escritório. Foi um empurrão e uma ameaça de soco que não se chegou bem a concretizar. Sei que ela inclusivamente terá contado aos pais", revelou António, dizendo depois que sabia de pelo menos outro episódio violento.

"Lembro-me de ela me ter contado que noutra vez, já há muitos anos, que tinha sido agredida. Terá sido empurrada e também uma chapada", disse o homem que mostrou algumas dúvidas sobre a inocência da amante: "Pensei que não tivesse nada a ver. Como as coisas têm acontecido tem de ter algum envolvidmento", disse.

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António Joaquim falou do relacionamento com Rosa como sendo um casamento com "altos e baixos". "Como o meu", explicou, enquanto dizia que não via futuro na relação adúltera. "Era uma questão de feitios, não sei", continuou.

Quando interrogado sobre o motivo de ter aumentado os encontros após o desaparecimento do triatleta, a explicação é peremptória: "Foi gradual, mas ultimamente ia diariamente à casa dela. Ela merecia o meu apoio, tinha perdido o marido, estava abalada", acrescentou, garantindo sempre que desconhecia o homicídio.

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Vítima desconhecia relação adúltera de quatro anos

António Joaquim disse em tribunal que Luís não sabia da relação que mantinha com Rosa. Aliás, o funcionário judicial só começou a ir a casa dela após o seu desaparecimento. Antes disso, e porque estava separado, era Rosa quem o visitava.

"É mais uma mentira sobre o meu irmão"

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A irmã de Luís Grilo, que tem a seu cargo o filho do casal, recusa falar para as câmaras. Júlia Grilo diz apenas que o faz para proteger o sobrinho mas, sobre a hipótese de Luís ser violento com Rosa, a familiar dispara.

"É mais uma mentira sobre o meu irmão. Se eu falar rebento e não o posso fazer", diz Júlia Grilo.

Vai ser novamente interrogado na sexta-feira

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António Joaquim vai voltar ao Tribunal de Vila Franca de Xira na próxima sexta-feira. O interrogatório foi marcado pela juíza de instrução, a pedido do próprio arguido.

António Joaquim deverá agora explicar onde esteve no domingo, dia 15 de julho, e se efetivamente tinha os filhos a seu cargo naquele fim de semana. No dia do primeiro interrogatório, António não sabia.

Agora terá forma de provar que esteve em casa, em Alverca, naquela tarde.

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PORMENORES 

Tráfico de diamantes

Rosa disse no primeiro interrogatório judicial que o marido estava envolvido num esquema de tráfico de diamantes e que foi assassinado por três angolanos.

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Comido por animais

O MP diz no despacho de indiciação que Rosa Grilo tinha a expectativa que o corpo do marido fosse comido por animais. Por isso o abandonou numa zona de caça ao javali.

Assume que mentiu

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Rosa diz que mentiu às autoridades para proteger o filho de 12 anos. A mulher de Luís explica que sempre soube que o marido estava morto.

Amigos enganados

Os amigos de Luís Grilo desdobraram-se em operações de busca, após ter sido dado o alerta para o seu desaparecimento.

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Ida ao Pingo Doce

No dia em que Rosa diz ter sido forçada a ir a Benavila com os raptores, para procurar os diamantes, há registo de um levantamento de dinheiro e de uma compra no Pingo Doce. Diz que foi obrigada pelo raptores.

Novo advogado

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O advogado Ricardo Serrano Viera tem uma nova estratégia de defesa. O penalista já esteve envolvido em vários casos mediáticos.

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