Predador apanha 12 anos por violar criança no Seixal

Virgílio Mendonça foi “alheio ao sofrimento da menor”.

14 de março de 2019 às 01:30
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"Um crime inqualificável", concluiu esta quarta-feira a juíza presidente antes de aplicar a pena de doze anos de cadeia para o homem que raptou e violou uma menina na Amora, no Seixal, em setembro do ano passado.

Virgílio Mendonça, cabo-verdiano de 39 anos, foi considerado culpado de um crime de rapto agravado e de dois crimes de violação, já que praticou atos sexuais com a menor de sete anos em duas ocasiões diferentes, ao longo das 12 horas em que a manteve em cativeiro.

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Na leitura do acórdão, a magistrada salientou a "falta de empatia" do arguido ao descrever os factos, "alheio ao sofrimento que a menor passou".

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A juíza considerou que os atos tiveram efeitos negativos em toda a família, sobretudo na mãe que vive com a culpa de ter deixado a filha num parque infantil com os primos menores, para ir a casa trocar a fralda à filha bebé. "A mãe da menor está destruída e sente-se culpada".

O depoimento "sofrido" da vítima, para memória futura, contribuiu para a condenação do pedófilo, bem como o relatório psicológico que o coletivo considerou "demolidor".

Para a advogada de Virgílio Mendonça, a pena é adequada. "Entendo que a pena que foi aplicada é justa, atendendo à situação gravosa implícita nos factos que ele cometeu, por isso não vou recorrer desta sentença", explicou esta quarta-feira ao CM Maria Teresa Amorim.

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O tribunal condenou ainda o arguido na pena acessória de proibição de trabalhar em locais com crianças, durante 10 anos, e a ter de pagar 30 mil euros de indemnização à vítima.

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