Arcebispo acolhe padre arguido
Fraternidade Missionária Cristo Jovem deve ser extinta.
Após ter rebentado o escândalo na Fraternidade Missionária Cristo Jovem, em Requião, Vila Nova de Famalicão, com denúncias de escravatura e uso de chicotes para castigar as noviças, o fundador da instituição foi acolhido por D. Jorge Ortiga.
O padre Joaquim Milheiro, de 84 anos, constituído arguido no caso, está há cerca de um mês a viver na casa sacerdotal da diocese, em Braga, junto ao Paço Episcopal. Esta é a residência destinada a acolher os padres idosos da diocese de Braga, e serviu de refúgio para o padre arguido que, embora pertença à diocese de Portalegre, está há 40 anos em Famalicão.
Esta segunda-feira de manhã, o padre Joaquim Milheiro e outras duas freiras da fraternidade foram à PJ do Porto, ao que tudo indica numa visita informal, que pretendia perceber a possibilidade de as duas noviças regressarem à instituição – que ambas, testemunhas no processo, abandonaram após as buscas da PJ no convento de Santa Luzia.
Ao que o CM apurou, a instituição deve ser dissolvida num futuro próximo. Os estatutos designam que, nesse caso, os bens passam a ser propriedade da Arquidiocese: são quatro hectares de terreno, em Requião, além dos edifícios, num total estimado em centenas de milhares de euros.
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