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Investigação à morte de freira gera polémica

Religiosa foi encontrada morta em tanque.

12 de abril de 2016 às 01:45

Onze anos depois da morte de uma religiosa, encontrada sem vida no tanque da Fraternidade Missionária Cristo Jovem, em Requião, Vila Nova de Famalicão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ordenou a reabertura do inquérito que o Ministério Público (MP) arquivou, na altura, com a certeza de que Maria Amélia Serra se tinha suicidado. Mas a ordem da PGR caiu mal junto dos procuradores de Famalicão e está a gerar polémica, apurou o CM junto de fonte judicial.

Os magistrados entendem que se trata de uma decisão tomada apenas devido à pressão mediática que existe desde que, em novembro passado, a Polícia Judiciária do Porto realizou buscas devido na sequência de denúncias de escravidão por parte de noviças. O padre e três religiosas da fraternidade, com estatuto de associação de fiéis reconhecida pela Diocese de Braga, foram detidos.

A família da religiosa pediu que a morte, em 2004, fosse investigada depois desta última situação ter sido conhecida e ao saber que o arquivamento foi decretado com base no depoimento da superior hierárquica da vítima, a única testemunha que teria sido ouvida.

No âmbito do processo de escravidão, Helena Costa - que integrou a Fraternidade Missionária Cristo Jovem e fugiu - afirmou que foi ouvida pelo Ministério Público sobre o terror que viveu no convento, mas garante nada lhe ter sido perguntado sobre a morte de Maria Amélia Serra, que diz ter sido espancada pela religiosas.

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