“As casas tremiam e havia idosos a chorar”: Moradores relatam terror após explosões de gás em Sesimbra

Autarquia averigua a legalidade do espaço em área florestal junto a casas.

07 de fevereiro de 2021 às 10:10
Armazém onde ocorreram as explosões, em Sesimbra Foto: Direitos Reservados
Explosões em Sesimbra
Rasto de destruição deixado pelas explosões
PJ realizou perícias no local durante o dia

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Um revendedor de gás que usava uma quinta numa zona florestal próxima de casas para armazenar botijas lançou o pânico em Sesimbra na noite de sexta-feira. Um incêndio levou ao rebentamento de dezenas dessas botijas, com as explosões a ser sentidas, vistas e ouvidas a dezenas de quilómetros. As autoridades tentam ainda perceber se o espaço estava legalizado.

“As casas tremiam. Vi pessoas mais idosas a chorar por nunca terem sentido nada assim e não saberem o que era”, disse ao CM José Taião, que vive a 500 metros. Já o vizinho Francisco Nunes admite que sentiu “a casa a tremer e os clarões das explosões”. “Parecia uma guerra”, acrescenta, repetindo o depoimento dos moradores da zona da Roça, entre Alfarim e Aiana.

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O incêndio teve início num armazém onde estavam cerca de 100 botijas de gás e um automóvel. Não estava ninguém na propriedade. Apesar da violência das explosões, os danos limitaram-se a esse armazém. “Ninguém ficou ferido e não temos qualquer relato de danos sofridos por moradores na zona. Estamos a averiguar a situação do licenciamento para armazenar gás”, disse ao CM o vereador da Proteção Civil de Sesimbra, Francisco Luís.

PJ procura origem e responsáveis

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A Polícia Judiciária esteve a fazer perícias no local das explosões até às 17h deste sábado. O objetivo é perceber a origem do incêndio – os primeiros dados apontam para um acidente – que levou ao rebentamento das botijas de gás e se isso pode ser imputado ao proprietário do espaço.

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