Assaltavam casas durante funerais no Algarve
Alvos dos assaltantes eram as residências dos mortos durante as cerimónias fúnebres.
O gang começava por consultar os obituários afixados junto às igrejas, funerárias e até na morgue dos hospitais, de onde retirava os dados sobre os falecidos, em particular, a morada e a hora dos funerais. Depois, enquanto decorriam as cerimónia fúnebres, os ladrões entravam nas casas das pessoas falecidas, furtando tudo o que encontravam de valor.
Isso mesmo foi esta terça-feira confirmado no Tribunal de Portimão, pelo sargento da GNR que coordenava a equipa que fazia o seguimento e vigilância dos suspeitos, em apoio ao Núcleo de Investigação Criminal (NIC)de Portimão, que investigava o grupo, acusado de 18 assaltos.
Dois homens, de 19 e 40 anos, estão em prisão preventiva. Uma mulher, de 40, está com vigilância eletrónica. No processo há ainda mais dois arguidos suspeitos de pertencer ao gang: uma mulher de 20 anos, e um homem de 42. Todos respondem por furto qualificado. Um outro homem, de 48 anos, está acusado de recetação.
O grupo foi desmantelado pela GNR a 23 de maio, quando os três principais arguidos assaltavam uma moradia de estrangeiros, em Benagil, Lagoa, mas, de acordo com a Acusação, o gang atuava por todo o Algarve. Os crimes ocorreram entre setembro de 2017 e maio de 2018.
Esta terça-feira, na primeira sessão de julgamento, o arguido mais jovem assumiu parte dos crimes mas negou ter participado noutros. E disse que quem liderava o grupo era o homem de 40 anos. A mulher mais velha vigiava durante os assaltos.
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