Assume crime brutal
Ex-taxista justifica homicídio ao juiz, dizendo que vítima não admitia que tinha "um amante".
António Correia – conhecido por ‘Toninho de Gouvinhas’ – assumiu ontem, no Tribunal de Vila Real, ter assassinado com disparos de caçadeira a amante, de 45 anos. O antigo taxista, casado e com uma filha universitária, explicou ao juiz que desconfiava que Aurora Rocha, viúva, tinha "um amante". Disse ter confrontado a mulher várias vezes, mas que ela sempre negou.
Quarta-feira teve a confirmação, através de um popular, de que ‘Orquídea’ – como era tratada a vítima na aldeia de Guiães – tinha um namorado há dois meses. Recordou ter perdido a cabeça e atirado a matar quando percebeu que Aurora não lhe abriu a porta, apenas a janela da cozinha. Ficou em prisão preventiva
O homicida confesso, de 47 anos, saiu escoltado do Tribunal de Vila Real, numa operação policial delicada já que a PSP conseguiu por alguns momentos iludir as cerca de 100 pessoas que esperavam à porta do palácio da Justiça.
Os populares e familiares da vítima ficaram revoltados ao perceber que ‘Toninho’ tinha saído por uma porta lateral. "Vim de França para o ver. Queríamos chamar-lhe assassino a olhá-lo nos olhos", repetiam as irmãs e cunhadas da vítima. "Ele não tinha direito de a matar como um animal, à frente do filho de sete anos que me ligou a dizer ‘tia sabes que te amo muito, mas mataram a minha mãe com dois foguetes’", recordou, em lágrimas, Maria de Fátima Rocha, irmã de ‘Orquídea’.
O funeral realiza-se esta manhã, às 10h30, na igreja de Guiães, em Vila Real.
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