Ataque ao Centro Ismaelita em Lisboa. Como tudo aconteceu
Atacante desentendeu-se com professor de português.
O ataque deu-se enquanto decorriam aulas e outras atividades. O homem de nacionalidade afegã recebeu uma chamada telefónica antes de atacar o professor à facada, revelaram testemunhas no local.
Antes do ataque, as autoridades afirmaram que o atacante tinha discutido com as duas vítimas mortais. Após a discussão, Abdul Bashir, de 34 anos, desentendeu-se com um professor de português do centro e atacou-o à facada.
Nizam Mirzada, irmão de uma afegã que testemunhou o ataque ao professor, conta que estavam na sala de aula 16 alunos naturais do Afeganistão. Os motivos do ataque ainda não são claros, mas Abdu Bashir deitou o professor ao chão e terá puxado de uma faca, golpeando o professor no peito e no pescoço. A testemunha reforçou para o homem afegão parar de magoar o docente. Sem sucesso.
Abdul Bashir gritou para ninguém se aproximar dele e saiu da sala de aula. Foi nessa altura que atacou Mariana Jadaugy, do corpo docente da Comunidade Ismaelita, e Farana Sadrudin, que trabalha no apoio à integração dos refugiados.
A arma usada neste crime não terá sido trazida de casa, desconhecendo-se, onde Bashir a arranjou.
Perto das 11h00 foi comunicado à PSP que estava a decorrer um ataque com arma branca no local. Um minuto depois, os primeiros agentes da polícia chegaram ao local. Depararam-se com "um homem armado com uma faca de grandes dimensões" e, quando foram dadas ordens ao atacante para cessasse o ataque, o homem, num estado que a PSP classifica de fúria, desobedeceu e avançou de faca na mão contra os agentes.
Perante a ameaça, "os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo", refere a PSP, para neutralizar o agressor. O atacante foi socorrido e conduzido ao Hospital de São José, também na capital.
A PSP confirmou que o homem está detido naquela unidade hospitalar, sob custódia policial.
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