Atropela a namorada e rapta a filha menor em Sintra

Mecânico preso pela GNR por ter investido contra a companheira, sequestrando a filha dela.

23 de novembro de 2018 às 09:39
GNR Foto: Ricardo Almeida
GNR, costas Foto: Vítor N. Garcia
GNR Foto: Eduardo Martins
GNR, costas Foto: Ricardo Almeida

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Um mecânico desempregado, de 38 anos, foi preso pela GNR e colocado em prisão preventiva por ter atropelado a namorada, de 25, no Mucifal, Sintra, deixando-a com uma fratura exposta numa perna. Para além de tentar matar a namorada, sequestrou a filha menor da mulher.

Esta detenção surge no dia em que a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) divulgou o número de mulheres foram mortas este ano (até 20 de novembro), em contexto familiar: 24, mais seis vítimas do que em 2017. Em 63 por cento dos casos, revela a UMAR, o agressor foi o marido, companheiro ou namorado da vítima.

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No caso de Sintra, agressor e namorada estavam juntos há um ano. A 12 de novembro, a jovem regressou a casa com a filha e discutiu com o companheiro. O mecânico tirou a mulher do carro e sentou-se no lugar do condutor. Com a enteada de seis anos ao lado, atropelou a companheira. A mulher desmaiou e ficou com uma fratura exposta na perna direita e várias escoriações. Duas testemunhas chamaram o socorro.

Transportada ao Hospital Amadora-Sintra, a vítima foi operada. Já teve alta e anda de muletas. Três horas após o atropelamento e sequestro, o agressor entregou-se no posto da GNR de Colares com a enteada. Entregou a criança e confessou o crime, saindo em liberdade.

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O caso foi depois entregue ao Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas da GNR de Lisboa. Levado a tribunal, o juiz não teve dúvidas: ficou preso, indiciado por sequestro, violência doméstica e homicídio tentado qualificado.

PORMENORES

Crimes

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Do total de 24 homicídios contabilizados pela UMAR, a grande maioria, 22, ocorreram numa residência. Os outros dois crimes foram cometidos na via pública.

Uso de armas

As facas são as armas mais usadas nos femicídios, havendo registo de 10 casos no total de 24. Já as armas de fogo foram usadas em três ocasiões e outros objetos em cinco casos.

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16 tentativas

O organismo contabilizou ainda o registo de 16 tentativas de femicídio. Em 69 por cento deste casos os agressores foram os maridos, companheiros ou namorados da vítima.

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