Avô e tio punidos com onze anos por abusos em Coimbra
Juiz diz que abusos sobre três meninas revelam perversidade.
"O que fizeram não é digno de pessoas", afirmou esta segunda-feira o presidente do coletivo de juízes do Tribunal de Coimbra, ao aplicar as penas de 11 anos e 11 anos e meio de cadeia, respetivamente, a um avô e um tio que abusaram de três meninas.
O tribunal considerou provados todos os factos da acusação, com pequenas exceções, nomeadamente quanto à contabilização dos crimes.
O arguido mais velho, de 61 anos, avô das vítimas, estava acusado de abusar das três e foi condenado por praticar os crimes apenas em relação a duas.
O coletivo também não teve dúvidas relativamente aos factos praticados pelo tio das meninas, de 19 anos. Neste caso, o arguido "não se coibiu de utilizar a força física para imobilizar as menores", referiu o juiz, justificando a aplicação da pena mais pesada.
Os factos ocorreram entre 2015 e 2018. As vítimas, duas irmãs e uma prima, tinham 7, 9 e 16 anos quando os abusos começaram. A mais nova chegou a ser abusada no mesmo dia pelo avô e pelo tio.
O juiz considerou as situações "gravíssimas", que revelam "perversidade" e têm de ser "severamente" punidas.
"Não é aceitável, não é de pessoas que mereçam estar em liberdade", frisou, ao lembrar as consequências nefastas para o desenvolvimentos das menores.
O homem mais velho foi condenado a pagar 58 mil euros a duas netas, e o tio 80 mil. Os dois ficam proibidos de exercer qualquer responsabilidade parental durante 15 anos.
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